A noite já domina o seu reino de sombras feitas de passos apressados e carregados de núvens de ar quente que surgem com figuras disformes lançadas pelo bafo quente de bocas que anseiam por algo que lhes aqueça a alma e o corpo arrefecido pelo gelo invisível de um Inverno típico. Aqui, o frio deteve-se lá fora, à espreita de uma oportunidade de invadir e preencher espaços que estejam dominados por um calor que já não tem força, já não aquece e apenas o estremecer de um corpo que sente a invasão insensível de um gelo que nada teme e tudo apaga.
E o tempo escorre-se demasiado lento para que possa apoderar-me dos seus minutos que duram menos que a eternidade.
E eu queria dominar o tempo e fazê-lo parar no exacto momento em que o gelo quase toca esses espaços, impedi-lo de invadir e quebrar o elo quente que me mantém viva. E eu só vivo enquanto o teu sabor se mantém na minha boca. Enquanto o teu toque ainda me marca a pele. Enquanto o teu odor se sobrepõe a qualquer outro e me aviva a memória do que é ser amada, tocada, sentida e por ti tomada.
E o tempo escorre-se demasiado lento para que possa apoderar-me dos seus minutos que duram menos que a eternidade.
E eu queria dominar o tempo e fazê-lo parar no exacto momento em que o gelo quase toca esses espaços, impedi-lo de invadir e quebrar o elo quente que me mantém viva. E eu só vivo enquanto o teu sabor se mantém na minha boca. Enquanto o teu toque ainda me marca a pele. Enquanto o teu odor se sobrepõe a qualquer outro e me aviva a memória do que é ser amada, tocada, sentida e por ti tomada.
4.Fev.13