segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Desejo-te

Desejo-te
Com toda a força do meu corpo,
Com toda a vontade que nele se cria,
Com toda a certeza com que respiro.

Desejo-te
O sabor dos lábios na minha boca,
O sabor da tua pele de sal marcada,
O sabor do teu gosto depois de por ti ser por completo, amada, lambida, beijada.

Desejo-te
O toque dos dedos num afago no rosto,
O toque das mãos que o corpo me abraçam,
O toque do teu corpo que me envolve e toma para si.

Desejo-te
A voz que sussurra ao meu ouvido,
A voz que grita de prazer em mim sentido,
A voz que chama o meu nome com som a amor.

Desejo-te
Como parte de mim que me completa,
Como parte de ti que te faz falta,
Como parte de um nós que só juntos, unidos faz sentido.

Desejo-te
Com todo o meu amor,
Ardor,
Entrega,
E saudade
Que nunca se apaga de verdade
E que aumenta a cada até já,
A cada despedida...

V Verdade Irrefutável


... É através das tuas mãos que quero sentir o mundo e aprender o que é a vida.

Não resisto...


Não resisto.

Ao olhar que me lembra o céu
De tão doce e terno,
Que me lembra o mar
De tão forte e intenso
Que me fascina e nele,
Nele me faz querer mergulhar,
Não resisto.

Ao sorriso que me alegra o dia,
Que se mostra sem receio,
Que me dás ao primeiro trocar de olhares,
Não resito.

Ao som da tua voz
Sussurrada no meu ouvido
Debitando palavras que só por ti ditas
Fazem sentido,
Não resisto.

Ao toque suave dos teus dedos
Na minha pele deslizando,
Fazendo-me perder os medos,
Fazendo-me querer-te entregar-me,
Não resisto.

Ao sabor do teu corpo salgado,
Molhado de nós e depois de amado,
Sentido, tido e devorado,
Em ondas de tamanho prazer
Que apenas tu me fazes sentir,
Não resisto...

Sufoco

Dias que passam
Sem cor e sem sombras,
Sem sol que as pinte
E mescle de coloridos que são únicos.
Dias que são silêncio,
Que o vento quebra
Uivando
Num desespero
Que a pele sente num arrepio.
Dias que são de água
Que cai de um céu demasiado perto,
Demasiado pouco acima
Do meu pensamento,
Demasiado extenso.
Em tempo. Em espaço. Em profundidade e em altura.
Sufocante e sem vida.
Dias que me enchem a memória
De nada que se viva,
Que se sinta,
Que seja possível de recordar
Em horas que em que me sinta vazia.
E eu sinto-me assim,
Todo(s) o(s) dia(s).