segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Despojos

A manhã chega doce e suave com a sua típica luminosidade crescendo e entrando no quarto num ritmo alucinadamente lânguido. Traz consigo o dia filtrado de sons e cores pelo tecido esvoaçante e translucido das cortinas de tons dourados quentes.
 E o calor tipico de Verao em que os odores das flores invadem as casas, apoderando-se delas, enchendo-lhes os espaços vazios de vida. E nós, pobres almas imperfeitas, sucumbimos a essa magia que nos quase toca a pele, despertando-nos os sentidos e desejos.
Aguardamos ansiosamente que o tempo das horas se ultrapasse a si próprio, acerelando-se rapidamente para que a noite chegue sem demora.
A noite em que a entrega se consuma, em que os lençóis serão testemunha de um amor sem fronteiras onde os corpos navegam entre lagos suaves e mares revoltos, entre o saber e o desconhecido.
E de novo a manhã chega, mostrando-se dona e senhora, acordando a cama carregada de despojos de uma noite fria, crivada apenas com as minhas ilusões, os meus sonhos...
 
08/08/2012

Thoughts III

O teu beijo, devorando-me os lábios, saboreando-me a língua é a minha fraqueza, ao que não te resisto...

04/08/2012

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Abismo...


O que me espera é o abismo e a vertigem que o acompanha e, que sei no íntimo de mim, me fará cair e sucumbir ao fascínio dos sonhos que não iludem.
Um abismo incontornável e impossível de resistir em que mergulharei no instante em que os teus olhos cruzarem os meus.
É sempre assim.
Eu sei. Eu já li. Eu já quase o vivi vezes sem conta em palavras que trocamos sem nunca o mencionarmos.
E agora chegou o momento de nos despirmos em conjunto e deixarmos o passado que poderia ter sido para abraçar o futuro do que será.
E é a vertigem do abismo que tenho receio não abraces comigo...

02/08/2012

Saudades


Imaginas a saudade que sinto das tuas mãos?
Do toque suave e firme da palma da tua mão comprimindo-me o corpo?
Imaginas como sinto falta do intenso deslizar dos teus dedos sob a pele?
Sou um deserto, árida e sequiosa do que as tuas mãos, molhadas de ti e de mim, me fazem sentir.
De quando os teus dedos com o meu sabor deslizam nos teus lábios, carregando-os deste meu odor de mulher que é teu.
Não imaginas a saudade de todas as emoções e sensações que sempre em mim consegues descobrir.

02/08/2012