segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Ausente de mim...

Ausente de mim é como te sinto.
Nesse mundo que construiste, onde deixou de haver lugar para mim, longe do que sou, do que penso, do que alguma vez fui para ti.
E fui? Eu já fui algo para ti? Alguma passagem, sentimento, uma pessoa que tivesse algum significado?
Responde-me, caramba!! Preciso saber que já sentiste, que já sonhaste, desejaste...
Eu sei! Não precisas atirar-mo à cara. Ou talvez precises. Mas hoje, não quero pensar nas minhas culpas, nas minhas não acções.
Hoje quero saber de ti! Do porque estás ausente? Do porque me abandonas? Porque me fazes andar à deriva, sem rumo certo?
Porque não me traças o caminho? O certo, o mais curto e recto e que me guie até ti?
Porque me abandonas vezes sem conta?
Não!!! Não me respondas! Quero lá saber das tuas razões. Seria incapaz de as perceber e, o mais certo, seria voltares a desaparecer.
E sabes o que acontece quando me deixas sozinha apenas acompanhada da minha vida vazia. Fico assim, em suspenso, sem chão e sem tecto, totalmente ausente de mim.
Apenas te peço: não te ausentes de mim...

23/02/2012

Musicado por: Jorge Alhinho

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

...

... Atada mas não vencida...

Atada,
Em ti,
Nas tuas mãos
Que são sempre minhas
Quando o meu corpo percorrem,
Na tua boca que me devora,
Que me sente o paladar
E me enche de sabor.
Desse sabor que são os teus lábios
Roçando nos meus,
Sabor que não se sente apenas,
Que se cheira,
Que se entranha em mim
Que me deixa sedenta
De apagar a fome em ti.
Atada,
Presa ao teu corpo que me domina,
Que em mim delira,
Que por mim estremece e endoidece,
Que me deixa largada ao abraço das tuas pernas
Nas minhas enleadas,
Da tua língua frenética na minha amarrada
Sem forma de se ver liberta.
Atada,
Rendida ao sentir de tanto querer,
De tanto desejar,
De tanto intenso e imenso prazer
De te pertencer,
De a ti me entregar,
Louca, desprendida de conceitos
preconceitos e preceitos pré-concebidos...
Atada mas não vencida...

(Obrigada pela inspiração Julius Rimante)

22/02/2012

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Deitada...


Deitada, apenas sob a pele que me cobre,
Despojada da vida mundana,
Inerte sob o sol,
Espero-te.
Anseio que chegues,
Que me me cubras com teu corpo,
Com tuas mãos me seduzas,
Com a tua boca me conquistes.
Palavras sussurradas sem nexo,
De vontade louca, intensa de desejo,
De me pertenceres,
De te ofereceres sem segredo.
Largar-me nas tuas mãos,
Prender-me nas tuas pernas,
Entrelaçar-me na tua língua
Quente, molhada e sedenta do meu sabor,
Do meu mais imenso prazer.
Vontade de te ter,
De te saber de novo o sabor,
De te poder sentir em mim,
No meu ventre que queima,
Que arde de tanto te querer.
Deitada sob a pele,
Sonho e viajo nos despojos do que já fomos...

21/02/2012