sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Ficar só...


Hoje quero ficar só,
Sem medos, receios,
Decisões.
Eu e a minha mente
Que viaja
Sem destino,
Sem vontade,
Sem rumo.
Quero ficar só
No mundo que vou sonhar,
No meu quarto confinado,
Onde viverei momentos sem igual,
Na loucura dos meus pensamentos,
Na realidade das minhas ilusões,
Insensível a todas as sensações,
Onde rir será uma insanidade,
Onde chorar passará a ser verdade.
Mundo meu
Onde não entras por um segundo,
Onde o perceber está confuso
O raciocínio não se entende.
É o meu mundo,
Difuso, Inconstante,
Desconecto do que é certo,
Não se importando com o nexo
Do passar dos dias
E as horas andam ao contrário,
E o tempo ainda assim avança,
Sentindo o meu corpo arrefecer,
Ao vento do passar do meu pensamento.
Apenas o meu ser se entende,
Nesta demente amálgama de sentimentos.
Hoje vou ficar só,
Nesta vontade de me compreender,
De me tentar perceber
Sem me esforçar para perfeita ser.
Imperfeita neste complexo viver,
Que não me satisfaz,
Que não me apraz,
Que jamais me completa,
Onde apenas me apetece morrer...


17/02/2012

Musicado por: Jorge Alinho

Prazer...

Sentir que me invade,
Que me deixa louca,
Em estado de insanidade,
Apenas esta vontade,
Este fogo intenso que em mim arde.
Prazer que contigo reparto,
De dedos que desenham em meu corpo,
Curvas, linhas e descobrem
Recantos que são teus,
Que são nossos nestes momentos,
De entrega sem pensamentos.
Toca-me a pele,
Que se arrepia ao teu deslizar,
Que em cada poro tem teu cheiro,
Teu sabor que em mim espalhas,
Com a língua quente que me molha.
Aperta-me a carne,
Beija-me a língua,
Sente-me o calor no peito,
O ardor deste sentimento,
Aumenta em mim a vontade,
De entrega, de me dar,
De te sentir e receber.
Cheiro de ventre que exalo
Tentação imensa para teu prazer,
Cai em mim,
Mostra-me o frenesim
Desse tanto teu querer
E invade-me,
Invade-me de prazer...


17/02/2012

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A ti...



Vou largar ao vento,
Este meu sentir,
Deixar que voe,
Que se liberte do peito,
Esperar que chegue até ti.
Que o sintas sussurrar no ouvido,
Que te toque nos lábios
Como um perfeito beijo,
Que te envolva a pele
Como um abraço.
Sente-me esta mescla
De emoções que não entendo,
Que não controlo,
Que me tomam de assalto a mente,
Incapaz de pensar.
Coração que vai batendo,
Incerto no seu compasso
De dúvidas que me assolam,
Que me invadem de perguntas,
Que nunca têm respostas,
Que serão sempre incertezas
Até que o vento, de ti,
Me traga boas novas.
Agarra o meu amor,
Recebe-o, guarda-o aí dentro,
Até ao dia em que seja eu
A chegar a ti,
Levada pela corrente
Deste rio que não tem leito,
Que não tem limites,
Que não tem medo.
Largo no vento
Porque é mais veloz o seu chegar,
O, a ti entregar.
Sente-me e não me percas,
Estou a ti a me entregar,
Nas mãos desse teu mar...

15/02/2012

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Deixo...

Deixo que espreites,
Portas entreabertas
Permitem que vejas,
Que desvendes
A cada passo,
A cada minuto,
O meu mundo,
Os meus segredos,
Desejos, devaneios...
Portas que deixam sussurros
Passar e até ti chegar,
Carregados de vontade,
De desejo de um corpo que se despe,
De um corpo que arde
Num fogo que jamais se extingue,
Que se sente ao longe,
Que se torna viciante.
Espreita-me,
Olha-me as mãos
No meu corpo a passear,
Em mim quase se queimar,
A tua líbido a aumentar,
A luxúria quase a te controlar,
No teu louco querer de me ter,
De me poder tocar,
De me poder provar...
Deixo que espreites,
Nas minhas mãos quero ser tua,
No teu olhar sentir-me tocada,
Tomada, sentida e recebida.

15/02/2012