Sentir que me invade,
Que me deixa louca,
Em estado de insanidade,
Apenas esta vontade,
Este fogo intenso que em mim arde.
Prazer que contigo reparto,
De dedos que desenham em meu corpo,
Curvas, linhas e descobrem
Recantos que são teus,
Que são nossos nestes momentos,
De entrega sem pensamentos.
Toca-me a pele,
Que se arrepia ao teu deslizar,
Que em cada poro tem teu cheiro,
Teu sabor que em mim espalhas,
Com a língua quente que me molha.
Aperta-me a carne,
Beija-me a língua,
Sente-me o calor no peito,
O ardor deste sentimento,
Aumenta em mim a vontade,
De entrega, de me dar,
De te sentir e receber.
Cheiro de ventre que exalo
Tentação imensa para teu prazer,
Cai em mim,
Mostra-me o frenesim
Desse tanto teu querer
E invade-me,
Invade-me de prazer...
17/02/2012
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
A ti...
Vou largar ao vento,
Este meu sentir,
Deixar que voe,
Que se liberte do peito,
Esperar que chegue até ti.
Que o sintas sussurrar no ouvido,
Que te toque nos lábios
Como um perfeito beijo,
Que te envolva a pele
Como um abraço.
Sente-me esta mescla
De emoções que não entendo,
Que não controlo,
Que me tomam de assalto a mente,
Incapaz de pensar.
Coração que vai batendo,
Incerto no seu compasso
De dúvidas que me assolam,
Que me invadem de perguntas,
Que nunca têm respostas,
Que serão sempre incertezas
Até que o vento, de ti,
Me traga boas novas.
Agarra o meu amor,
Recebe-o, guarda-o aí dentro,
Até ao dia em que seja eu
A chegar a ti,
Levada pela corrente
Deste rio que não tem leito,
Que não tem limites,
Que não tem medo.
Largo no vento
Porque é mais veloz o seu chegar,
O, a ti entregar.
Sente-me e não me percas,
Estou a ti a me entregar,
Nas mãos desse teu mar...
15/02/2012
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Deixo...
Portas entreabertas
Permitem que vejas,
Que desvendes
A cada passo,
A cada minuto,
O meu mundo,
Os meus segredos,
Desejos, devaneios...
Portas que deixam sussurrosPassar e até ti chegar,
Carregados de vontade,
De desejo de um corpo que se despe,
De um corpo que arde
Num fogo que jamais se extingue,
Que se sente ao longe,
Que se torna viciante.
Espreita-me,
Olha-me as mãos
No meu corpo a passear,
Em mim quase se queimar,
A tua líbido a aumentar,
A luxúria quase a te controlar,
No teu louco querer de me ter,
De me poder tocar,
De me poder provar...
Deixo que espreites,
Nas minhas mãos quero ser tua,
No teu olhar sentir-me tocada,
Tomada, sentida e recebida.
15/02/2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Renascer...
Chegou a hora de mudar,
De dizer basta,
Não vou manter-me calada,
Angustiada,
Revoltada,
Subjugada a vontades que
Não me dizem nada.
Chegou a hora de me soltar,
De tudo que me agarra,
Me prende a este lugar
Sem nada para me agradar,
Sem sonhos para me iludir,
Só dias que insistem em não passar.
Chegou a hora de ser feliz.
De voltar a respirar,
Desse ar frio,
Obrigá-lo a percorrer-me o corpo,
E fazer-me a pele arrepiar.
De novo sentir vontade,
Louca e intensa de viver,
O sangue quente a preencher veias secas
Pelo medo de apenas e,
Tão somente, querer ser.
Chegou a hora de me libertar,
Da vida sem nexo,
Com um sentido perdido
Algures nesse tempo
Em que já não sou eu,
Já não me sinto,
Já não me conheço.
Chegou a hora de renascer...
Musicado por: Jorge Alhinho
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