terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Em Ti perdido...

Sonhos desfeitos,
Imperfeitos na forma,
Imensos no conteúdo,
No sentimento.
Sonhos sonhados,
Sem medos de serem enfrentados,
Sonhos que em mim criaste,
Que agora são espalhados
Pedaços de mim...
Sonhos que foram ilusão,
Que foram vontade,
Que foram emoção.
Sonhos que a cada dia
Se perdem,
Que em ti se esvanecem,
Que por ti vão morrendo...
Sonhos que nunca serão verdade
Por mais que fosse essa a minha vontade,
Sonhos que não serão cumpridos,
Que jamais serão em mim sentidos.
Sonhos desfeitos,
Sonhos infundados,
Por mim apenas criados,
Que pensei partilhados.
Apercebo-me agora que
Só eu sonhei,
Só eu pensei,
Só eu me iludi...
Sonhos desfeitos,
Coração adormecido,
Para sempre em ti perdido...

13/12/2011

O Teu olhar...

Segue-me, lento, intenso
Teu olhar.
Sinto-o em mim,
Preso, sem desviar.
Desenha-me as curvas do corpo,
Sinto-o a deslizar.
Segue-me, sedento,
Com vontade de tocar,
Com vontade de provar,
De em mim, a sede acalmar.
Segue-me languido e provocante
De desejos e de vontades impaciente.
Segue-me o olhar,
Teu no meu agora a cruzar,
Beijos que se trocam,
Corpos que se entrelaçam,
Pernas e abraços,
Presos num momento.
Momento louco de prazer,
De entrega e de te ter.
Olhos nos olhos,
Palavras a não dizer,
Olhar que me devora,
Desde o corpo até à alma.
Segue-me com esse teu olhar,
Que me desafia,
Enlouquece,
Aquece
E estremece na noite fria...
Segue-me, o Teu olhar...



12/12/2011

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Odeia-me!

Sinto-te em mim,
Perto, sempre presente,
De uma forma intensa, constante.
Sinto-te ca dentro,
Nas imagens do meu pensamento,
Nas palavras que largas ao vento,
Que julgo minhas a todo o momento.
Sinto-te assim, de forma constante,
Em cada ar que inspiro,
A cada bater do coracao, impaciente
Se demoras ou te mantens ausente...
Sinto-te mil, correndo demente
Procurando onde largar a semente
Desse teu ser, tao diferente.
Liberta-me de ti,
Deixa-me solta deste sentir viciante,
Deixa-me seguir caminho, confiante
Que ja não voltas, cá dentro, triunfante.
Segue a vida de máscaras,
Mas larga-me, solta-me,
Mesmo que vejas apenas de longe,
Vê em mim o que não sonhaste,
O que não sentiste,
O que desejaste e não tiveste!
Vê em mim tudo que nunca quiseste,
Um sonho de mar agora agreste,
Deixa-me! Solta-me! Liberta-me!
Por que esperas? Anda, odeia-me!

12/12/2011

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Vou sair à rua...

Vou sair à rua
Sentir o vento serpentear nos cabelos,
Sentir o frio entranhar-se em mim,
No rosto, na boca, no corpo.
Vou sair à rua
E deixar que a chuva que cai,
Me leve a suadade,
Me lave a alma,
Te leve e nunca mais me recorde.
Vou sair à rua
Deixar a cama que comigo partilhaste
Onde em mim te deixaste,
Onde fui feliz e tu fingiste.
Vou sair à rua,
Deixar que o frio e o vento e a chuva
Te apaguem de mim,
Te levem para longe,
Para um local sem fim.
Deixar que me controlem,
Que me congelem o sentir
Mas só depois do teu partir.
Vou sair à rua
Ver-me nova,
Ver-me sem mágoa,
Sem esta dor que não acaba.
Vou deixar de sentir,
Vou deixar de te querer aqui,
Vou mudar o rumo da história
Vou seguir e sentir a vitória...
Vou sair à rua
E deixar para trás
Esta vida sem cor, escura,
Que era minha e era tua...
Vou sair à rua...

09/12/2011

Musicado por: Jorge Alinho