terça-feira, 8 de novembro de 2011

Cansaço...

Cansaço que se apodera de mim,
Cansaço que me abranda os passos.
Não me deixa andar
Procurar o que sinto,
O que entendo e o que pressinto.
Cansaço desta dor,
Deste amanhecer sem sol,
Sem luz, Sem amor...
Cansaço longo e sombrio,
Cansaço feito noite,
Fria, Imensa, Escura,
Sem Lua a brilhar no teu Mar...
Cansaço de não avançar,
De esperar,
De aguentar,
De prolongar
Este tanto querer
De no teu Mar me entregar...
Como te quero!
Como te desejo!
Como me quero perder
De cansaço no teu Mar,
Nas tuas ondas de sabor,
No teu abraço eterno,
Sentido...
Morrer de cansaço quero
Nos teus braços,
Meu Mar eterno...

08/11/2011

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Espera-me...

Vou até ti. Espera-me...
Vou deixar que me mostres o que é a vida.
Que me mostres o que é viver sem medo,
Sem receio, sem limites.
Vou até ti.
Vou deixar que me guies por caminhos
Que só Tu conheces,
Que só a Ti pertencem,
Que só contigo fazem sentido.
Vou até ti.
Mostra-me o teu Mar,
Dá-me a provar do teu sal,
Deixa-me sentir-te o sabor,
Descobrir novos paladares, odores,
Em Ti apurar todos os meus sentidos!
Vou até ti.
Para que me recebas,
De corpo e coração
E sentido e emoção
E toque e desejo
E Tua.
Tua desde sempre, desde que me leste a Alma,
Desde que me deste calma,
Vontade de partilha e de me dar e te receber...
Vou até ti. Espera-me...

07/11/2011

Sente o calor em mim...

Sente o calor em mim...
Sente o meu corpo escaldar.
De vontade. De desejo.
De querer. De te ter.
Sente o calor em mim...
Sente-o no beijo,
Arrebatado que te quero dar,
Nos meus lábios com sede de ti,
Nos meus braços que te querem abraçar,
Sente-o!
Nas minhas mãos que te procuram,
Que te tocam,
Que deslizam em ti,
Que te marcam a pele de vontade,
Sente-o!
Na minha língua quente que te quer provar,
Que te desenha caminhos nunca percorridos,
Nunca explorados, saboreados,
Tentados e percorridos,
Sente-o!
Sente o calor em mim...

07/11/2011

Nunca te direi Adeus...

Nunca te direi adeus.
Nunca te deixarei partir de mim.
Nunca te direi para ires e não voltares.
Nunca te direi que me deixes, abandones.
Nunca o farei. Dizer-to seria como morrer.
Morrer não. É demasiado definitivo.
Eu deixaria de respirar. Deixaria de viver.
Não te quero prender. Não te quero obrigar a ficar.
Apenas não te vou deixar ir.
Apenas te vou manter. Comigo. Aqui. Sempre.
Mesmo que não te veja os olhos.
Mesmo que não te ouça a voz.
Mesmo que não me fales...
Mesmo que partas, nunca te direi adeus.
Estarás sempre comigo. Aqui. Sempre.
Eternamente. Cresço contigo.
Vivo contigo. Habitas em mim.
No meu ser. No meu querer.
Mesmo que decidas percorrer outros caminhos,
Que não me contemplem,
Que não me permitam acompanhar-te,
Que não te permitam ter-me ao teu lado;
Mesmo assim, eu estarei contigo.
Em pensamento. Em sentimento.
Em qualquer coisa que seja o que quiseres...
Nunca te vou dizer adeus.
Irei sentir-te em cada livro, em cada palavra,
Em cada brisa com cheiro a orvalho na terra,
Em cada onda de mar.
Estarás sempre em mim, comigo.
Nunca te vou dizer adeus:
Nunca dizemos adeus a quem nos faz falta!

07/11/2011