quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Espalhadas...





Espalhadas... Espalhadas pelo chão,
As roupas que nos condicionavam os movimentos.
Espalhadas pelo chão,
As fronteiras que nos impediam de vivermos.
Espalhadas pelo chão,
As centelhas de amor que teimavam em não desaparecer.
Espalhadas pelo chão,
As memórias do desejo agora concretizado.
Espalhadas pelo chão,
As gotas da nossa entrega,
Escorridas dos nossos corpos, da nossa união.
Espalhadas pelo chão,
As nossas palavras nunca ouvidas,
As nossas palavras ao ouvido sussurradas.
Espalhadas pelo chão,
A nossa loucura de prazer...
Espalhadas pelo chão,
As esperanças de voltar a acontecer...

20/10/2011

Aqui, espero-te...

Aqui, espero-te.
Vem que já não suporto que demores.
Que não chegues.
Aqui, espero-te na cama.
Com o desejo que tanto gostas,
Que tanto te deixa louco de vontade.
Louco de vontade de mim...
Aqui, espero-te deitada.
Com a roupa que gostas,
Quase nada, mas que te dá luta...
Uma luta disfarçada, quase nada...
Aqui, espero-te desejosa.
Tanto que já te imagino,
Que já ouço os teus passos,
Que a minha respiração já está ofegante,
Que o meu corpo já está pronto,
Já te espera.
Já quase não resisto e os dedos,
Os dedos já me percorrem
Desejosos de encontrar os teus...
Assim, aqui, espero-te...

20/10/2011

Dar-te...




Desejo. Como desejo.
Desejo de ti.
Desejo de beijo.
Desejo de toque.
De querer dar...
Quero apenas dar.
Dar-te o meu desejo.
Dar-to não contido.
Dar-to sem sentido.
Dar-to sem tino.
Dar-te a minha boca.
Dar-ta sedenta.
Dar-te o meu corpo.
Dar-to despido. Sem vestes que atrapalhem,
Que atrasem e demorem o meu
"Dar-te"!
Dar-te por inteiro. Sem receio.
Dar-te o que quiseres.
Ser a tua Deusa. A tua Musa. A tua escrava.
Quero dar-te o que de mim quiseres.
Dar-te é o meu desejo.
Desejo e como desejo....

20/10/2011

Conta-me...

Conta-me uma história. Uma história de príncipes e princesas.
Conta-me! Eu preciso ouvir.
Preciso saber que é possível sonhar.
Sonhar com amores impossíveis e com final feliz.
Conta-me! Eu preciso ouvir.
Que o amor tudo vence.
Que o amor sempre sente.
Que o amor é inegável, irrefutável, imprescindível...
Que o amor é sentido de igual forma pelos dois.
Conta-me! Eu preciso acreditar.
Preciso acreditar que não é um sonho,
Que pode ser real,
Que o meu príncipe vai reconher-me,
Que vai defender-me e lutar por mim
Contra os castelos de desilusões e vai salvar-me.
Salvar-me da vida de desamor, sem sabor, sem valor que vivo...
Conta-me! Tenho de acreditar...

20/10/2011