Vou de viagem. Regresso ou partida, sempre tão dúbia.
Regresso a casa, ao lar, a família, ao trabalho... A tudo que consideramos o nosso porto seguro.
Regresso à rotina do ano, aos ciclos de vida que se repetem. Regresso ao frio, à chuva, ao Inverno da estação e das vidas que se cruzam. Por vezes sem qualquer raio de sol que nos aqueça.
E quando nos aquecem são novos pontos de partida.
A partida... Parto dos amigos de Verão, das noites na esplanada, das cartas e dos jogos com regras desencantadas com a leveza do vento suave que nos abraça nessas horas.
Parto para um novo ciclo, que apesar de ser um regresso acaba por ser novo. Novos dias, novos desejos, novos projectos que podem surgir.
A vida é uma viagem. Boa ou menos boa, com muito ou pouco para partilhar, para recordar ou esquecer, com marcos que podem ser carregados na memória para todo o sempre ou fugazes como os amores de Verão!
Regresso, partida, não sei! Sei apenas que vou de viagem.
De viagem pelas estradas da vida, salpicada de pequenas casas isoladas ou de grandes cidades, como de pessoas pequenas ou grandes...
Seja como for: vou de viagem.
31/08/2011