A noite invade o ar do outro lado da janela sem quase se diferenciar da hora que já foi dia e as lágrimas sem sal mandam e ditam o percurso da água nas ruas.
Salpicos que surgem dos passos que correm apressados, alagados por essa chuva de Inverno, densa e pesada, constante e suturna.
O corpo cansado já seco e agora morno aguarda que o silêncio seja completo e se torne dos seus olhos, o dono.
Não há vontades em mim num dia carregado de perguntas que não tinham fim e que sem resposta se mantêm.
Sim, queria saber de ti, de como estás, por onde andas mas não há vontade desse lado de comigo te partilhares.
Salpicos que surgem dos passos que correm apressados, alagados por essa chuva de Inverno, densa e pesada, constante e suturna.
O corpo cansado já seco e agora morno aguarda que o silêncio seja completo e se torne dos seus olhos, o dono.
Não há vontades em mim num dia carregado de perguntas que não tinham fim e que sem resposta se mantêm.
Sim, queria saber de ti, de como estás, por onde andas mas não há vontade desse lado de comigo te partilhares.
O colo que te dava tornou-se pequeno, insuficiente, demasiado apertado para o tanto que sentes.
Hoje, não sou como a chuva: imensa e constante, dona deusa da rua.
Hoje sou nada, vazia sem te sentir, sem contigo no peito adormecer, sem por ti ser compreendida e te entender, de te receber e por ti me despir...
Hoje sou nada, vazia sem te sentir, sem contigo no peito adormecer, sem por ti ser compreendida e te entender, de te receber e por ti me despir...
18/10/2012