terça-feira, 14 de março de 2017

E (ainda) é isto...


No meio de mim


Quero-te
No meio de mim,
Passeando a boca pela pele,
Fechando os lábios nos meus,
Sugando-me o peito farto,
Segurando-o forte nas mãos,
E beijando-me o corpo,
Que se contorce a cada toque de língua,
Ora húmida, ora lânguida, ora frenética,
Aumentando-me a líbido,
Deixando-me pronta,
Escorrendo de desejo.

Quero-te
No meio de mim,
Penetrando-me as entranhas,
Enchendo-me o ventre,
Fazendo-me chegar aquele ponto,
Em que toda eu sou estremecer, e
De louca, insana,
Gritar de um prazer
Que o corpo faz ceder,
A respiração suspender
E o coração,
Disparado, bater.




19.08.2016

Abro-me

Abro-me
Para que possas chegar-me,
Tocar-me,
Preencher-me,
Inundar-me de ti.
Abro-me
Para que me faças desejar,
Arrepiar,
Sentir,
Vibrar e estremecer.
Abro-me
Para que me tomes,
Domines,
Proves,
Ames.
De todas as formas,
De qualquer maneira,
Sem repressões
E com todas as permissões.


Abro-me,
Entrego-me,
Pertenço-te.

17.08.2016

Dispo-me



Dispo-me
Ao sabor de um tempo
Que se perde sem se aperceber.
Olho-me
E vejo-me com essas marcas
Que se vão criando sem se querer.
E encontro-me
No que tenho de melhor e pior,
No que tenho de vivido e ainda para sentir.
Um corpo que deseja,
Uma alma que ama,
Que se inflama com a tua voz,
Que se deleita com o teu sabor,
Que fantasia com os teus desaires,
Com a tua entrega.
Dispo-me
Com a vontade de por ti ser tocada.
Olho-me
Pelos teus olhos, de quem me ama.
Vejo-me
Pelos teus dedos percorrida
E encontro-me,
A ti rendida,
Por ti tomada,
Por ti Mulher que se sente viva!


17.08.2016