sexta-feira, 29 de abril de 2016

XXX Verdade Irrefutável



E quando me chamas de meu amor, sou tua, pertenço-te como jamais pertenci a alguém, como jamais me permitirei voltar a pertencer. Tua, apenas e única e somente tua.


29.Abr.2016

Mergulhar em mim



É tempo de mergulhar em mim. De me descobrir, de saber quem verdadeiramente sou, de me destapar dos estigmas que me são impostos.
É o momento de parar a vida, de a suspender, de abrandar o ritmo do passar dos dias em que a rotina impera.
É a altura certa de perceber o que fui e o que não cheguei a ser, o que sou e o que não quero ser, o que em mim mudarei ou simplesmente manterei.
Um balanço de vida? Não. Sim. Talvez. Mas sem dúvida um balanço de mim, do que cresci e aprendi e, sobretudo, do ganho de consciência do que ainda preciso crescer. Dos medos que ainda preciso enfrentar, dos defeitos e falhas que ainda tenho de colmatar.
É tempo de me abraçar, de me aceitar, de me melhorar.




29.Abr.2016

(In)Certezas



Não há certezas, apenas dúvidas e a cada decisão um novo final e um novo recomeço.
A vida é como um livro: está à frente dos nossos olhos e, tal como as capas dos livros, seduz-nos com as suas cores vibrantemente brilhantes. E nós avançamos, virando esquinas, seguindo caminhos, com a mesma voracidade com que desfolhamos as páginas, uma a uma, de um livro: ora rapidamente com ansiedade de descobrir o final, ora demoradamente com receio do desfecho.
Como nos livros, apenas da nossa vida ficam gravados os momentos mais intensos, as histórias mais hilariantes, as dores mais lancinantes, descritas como memórias vívidas de um tempo que parece nunca ter avançado, de tão presentes que estão.
Como nos livros, há pessoas a quem agradecemos a constante presença e apoio, há as pessoas que amamos e sem as quais não teríamos histórias, há as pessoas que nos marcam, o corpo ou a alma, e sem as quais não crescíamos, não aprendíamos.
A vida é como um livro, ora feliz, ora triste; ora luminoso e agradável, ora cinzento e desconfortável. Vivências intercaladas por narrativas monótonas ou expressivas que culminam num clímax de sentimentos e resoluções.
E quantas vezes, como quando se escreve um livro, é necessário recomeçar para não repetir os mesmos finais, para não reviver os mesmos sentires, mas porque há que continuar: deixar de viver nunca é opção. Tal como deixar de escrever não constrói um livro. E um livro, tal como a vida, só o é quando se não se desistir dele, se continuarmos a escrever as suas páginas.
E no final da vida, tal como na contra-capa, as palavras mais bonitas a resumir a (nossa) história e, na grande maioria da vezes, embelezando e tornando-a mais apetecível do que realmente foi...




29.Abr.2016

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Segredos



Segredos, não há quem os não tenha. Fazem parte da vida, fazem parte do viver, do aprender e do sentir.
Há segredos que se contam a quem confiamos, a quem confidenciamos, mas deixam de ser segredos: passam a ser histórias contadas.
Segredos verdadeiros são aqueles momentos que partilhamos com aquela pessoa e que sempre recordaremos como únicos, irrepetíveis, irredutíveis. Sempre presentes e sempre sentidos da mesma forma.
Aquela primeira troca de olhares.
Aquele primeiro beijo, mesmo que já tivesse beijado mil vezes.
Aquele primeiro toque em que o corpo estremece.
Aquela primeira fez em que o teu sexo penetrou o meu.
Aquele primeiro abraço depois dos nossos corpos se terem amado e o nosso cheiro estar misturado.
Aquele momento em que, por insegurança, chorei por medo, por receio de te perder.
Ou quando me olhaste dentro dos olhos e me disseste: amo-te, como nunca amei até hoje.
Segredos que são apenas nossos, delicadamente guardados...




28.Abr.2016