segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Nem sempre




Nem sempre o silêncio
Significa ausência de palavras:
Há frases ocas,
Clichés vazios de sentido.

Nem sempre a multidão 
Significa ausência de solidão:
Há momentos em que, 
Apesar de rodeados de gente, 
Estamos ainda mais sós. 

Nem sempre o calar
Significa ausência de pensar:
Há pensamentos que nos borbulham na mente
Incessantes,
Em ciclos constantes, 
Tantas vezes (i)mutantes. 

E, quase sempre, 
É no silêncio que mais se diz.


14.Dez.2015

Memórias


Memórias
De um tempo que não volta,
De um tempo que passou
E tudo
Para trás deixou.

Memórias
Escritas nas lembranças
Gravadas de momentos
Até hoje
Irrepetidos.

Memórias
Que fazem de nós
O que somos,
Crescimento obrigatório
De quem vive
Uma vida cheia de sonhos
Mesmo que (in)concretizados.

Memórias
Que escrevemos a cada dia,
A cada hora,
A cada minuto da nossa vida,
Das nossas decisões,
Das nossas opções,
Dos nossos erros
E, sobretudo,
Dos nossos acertos!


14.Dez.2015