sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Odeio

Odeio,
Quando nos deitamos sem um abraço, numa cama já fria.
Odeio,
Quando os nossos corpos, vestidos, não se entrelaçam.
Odeio,
Quando não posso dizer que te amo, com toda a força do meu ser.
Quando não queres ouvir que te pertenço, que vives em mim e que me és vital como o ar que respiro.
Odeio.
Odeio,
Quando os dias terminam e eu fico vazia, com esta saudade de ti que nunca de mim se liberta.
Odeio,
Amar-te assim,
Tanto mais que a mim.
 
 
23.Jan.2015

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Permitir

Permitir
Que a pele se liberte,
Se solte no deliciar
Do percorrer dos dedos
Que junto com os meus
Me desvendam os segredos.

Permitir
Que o corpo estremeça,
Culpa do desejo
Que me invade
As fantasias
E que em mim
Tornas realidade.

Permitir
Que o prazer seja o último limite
De cada vez que juntos
Nos tornámos num só,
Unidos pelo querer
Feito de loucura,
Desejo,
Intenso de um sentir
Que ultrapassa o carnal,
Que faz acreditar
Que viver só tem sentido,
Se for para te amar.

Permitir
Que o corpo descanse nos teus braços
E que a minha Alma,
Do teu peito,
Faça a sua casa.


 
22.Jan.2015