segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O acordar das vontades




É o vazio que se esvai
Com o correr de um rio
Que não se prende,
Que nunca se contém.

É o calor que invade
A pele que se desnuda
E se entrega ao sabor
De um quente feito de mãos.

É o preencher de um corpo
Percorrido por dedos
Ora sábios e delicados,
Ora indecisos e prementes.

É o acordar das vontades
Que se escondem dentro
De um peito suspenso no respirar
De um beijo doce, imponente.

É o saber entregar
Cada recanto do meu ser,
É o saber receber,
Cada momento,
Cada minuto parado no tempo,
Carregado deste,
Único e louco prazer,
Que é te pertencer.
 
 
29.Set.2014

E é isto...