quinta-feira, 29 de maio de 2014

Nas tuas mãos


É nas tuas mãos
Que a pele arrepia
De desejo contido
No momento do abraço
De corpo inteiro
Feito de vontades
Ainda por realizar.
E a carne vibra
De prazer incontido
Libertado no consumar
Do teu penetrar
Durante o acto
Louco,
Desenfreado,
Apaixonado,
Do teu me amar.

E é nas tuas mãos
Que tudo começa,
Que tudo se inventa,
E eu me entrego
Sedenta
De ter o teu amor,
No frenesim de me sentir,
Só contigo,
Plenamente completa!


23.Maio.2014

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Silêncio XII

 


Um dia o silêncio
Deixará de se calar
E todas as palavras
Ficarão retidas,
Contidas,
Guardadas,
No meu não falar.

Um dia o silêncio
Será rei e senhor
De todos os meus pensamentos,
De todo o meu ser
E de todos os meus sentimentos.

Um dia o silêncio
Acabará por vencer,
Perderei as forças que me fazem lutar,
Deixarei os braços tombar
E a mão deixar de agarrar.

Um dia o silêncio
Tomará conta de mim
Se as palavras continuares a calar,
Excepto se demonstrares, 
Se me disseres que sim,
Que vale a pena continuar
A te amar.
 
 
 
22.Maio.2014

Há um arrepio

 
Há um arrepio
Que me descontrola,
Me desconcerta o pensar
E me desperta o querer.

Há um arrepio
Que me faz o corpo estremecer,
Me deixa sem saber
Onde estou, o que fazer.

Há um arrepio
Que me invade,
Me enche de uma vontade
De querer apenas sentir a carne.

Há um arrepio na pele,
Quando a tua boca me beija,
Quando os teus braços me abraçam,
Quando os teus dedos me percorrem o corpo,
Despindo-o,
Apertando-o,
Fazendo-me tua.

Há um arrepio na pele,
Quando por ti sou amada,
Que me preenche toda,
Completa,
Até à Alma.
 
 
22.Maio.2014

Vontade

 
Vontade
Do roçar dos teus lábios
Na pele que se arrepia,
Da tua língua a deslizar,
Molhando-me,
Dos teus dedos a acompanhar,
Entrando e saíndo
No centro do prazer,
Fazendo-me gemer,
Fazendo-me contorcer,
Fazendo-me gozar.
 
 
22.Maio.2014