quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Sabes quando

 

Sabes quando te olho
E vejo apenas o sentimento
Que nos uniu,
Que em nós perdura,
Que se demonstra
No teu toque de ternura,
No teu beijo que me devolve
O respirar ao final de um
Dia que lento passou
Sem que o tempo
Fosse uma ajuda.

Sabes quando deito a cabeça
No teu peito e ouço
O teu coração bater,
Bombeando esse sangue
Que é vida em ti
E desenho na tua pele
Contornos deste imenso
Desejo que sinto por ti.

Sabes quando me inundas
De sonhos perfeitos
De realidade
Que vivo dia-a-dia,
Sob a égide do teu sorrir,
Sob a vida vivida
De verdade.

Sabes quando me entrego
Nos teus braços
E os teus dedos me descobrem
Novos ou eternos recantos,
E o teu cheiro me inebria,
E o teu sabor me invade
Não há melhor sentir
Que este,
Quando o corpo se abre
E te recebe no ventre,
Fazendo-te meu,
Trazendo-te para dentro,
Fundindo-se em mim.

Sabes que te amo,
Que te quero para sempre
Assim,
Pertencendo-te
E tendo-te para mim.
 
 
17.Jan.2014

Aqui estou

 


Aqui estou,
Sem a vontade de respirar
Em que o sufoco me domina,
Em que o não viver,
O não querer e não saber,
São a rotina da minha vida.

Aqui estou,
Sem que o tempo passe
Em que os dias são eternos
No permeio de te ver,
No entretanto do não te sentir,
No durante da tua ausência.

Aqui estou,
Ansiando que a hora
Em que te vou poder,
De novo ver e
Nos teus olhos perceber
Que és vida em mim,
Que és ar que me dá vida,
Que és o que faz o meu sangue,
Neste corpo inerte,
Quase morto,
Fervilhar de emoção.

Aqui me tens,
Completa e absolutamente rendida,
Perdida num amor que
Não se qualifica,
Não se quantifica,
Não se explica...
 
 
16.Jan.2014