segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Dicionário de coisas simples XVIII

 


E o viver?
O viver é um não respirar, um não sentir,
E tão-pouco um sorrir,
Senão apenas na tua presença.

E o sorrir?
O sorrir é o imenso prazer
Desferido pelos lábios,
Sedentos e ansiosos
Por sentir o teu sabor.

E o saborear?
O saborear é prolongar no paladar
O gosto do teu beijo,
Do teu corpo,
Das gotas do teu suor
Após o nosso amar.


3.Set.13

domingo, 22 de setembro de 2013

Esperança


Há uma esperança que nasce
A cada dia, a cada hora volvida
Em minutos que passam despercebidos,
Como relâmpagos na noite,
E fazem renascer o desejo de realizar

Sonhos que me invadem a noite,
Com o cheiro do teu corpo,
O calor do teu sorriso,
O aconchego do teu abraço,
Onde tudo é possível,
Onde me perco sem medos,
Onde só a vontade e o amor
Prevalecem sem entraves.

Há uma esperança que me invade
A cada momento partilhado,
A cada sentido no corpo prolongado
Pelo deslizar dos dedos na pele,
Pelo segurar da mão,
Companheiro de um beijo
Que aquece a alma deste coração
Que se preenche apenas contigo.
Sim, acredita que sou tua
Da mesma forma que és meu,
De corpo e alma unidos,
Partilhados e fundidos,
Num amor que nos ultrapassa,
E que nos dará, essa
Tão desejada força,
Para enfrentar os dias que percorreremos,
Provando que juntos somos perfeitos.
 
31.Ago.13

sábado, 21 de setembro de 2013

Há em mim







Há na minha pele o teu odor,
Invadindo-me de lembranças
De abraços de reencontros
Perdidos em tempos demasiado fugazes. 
 
Há na minha boca o sabor
De beijos trocados em línguas
Sôfregas, desejosas por se tocar.

Há no meu corpo o arrepio do teu toque,
Deslizando por percursos que criaste,
Que descobriste e que,
Como nossos, marcaste.

Há na minha carne o desejo intenso,
De te ter cá dentro,
Possuindo-me por inteiro,
Dispondo-me o corpo ao teu jeito,
Fazendo-me mulher,
A cada novo momento.

Há na minha alma um sentimento
Indubitável e premente
De te ter todas as noites presente,
E de te pertencer,
A cada dia,
Com mais certezas que anteriormente.

28.Ago.13

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Já não me pertenço



É no teu beijo que perco as forças
E deixo de lutar contra o desejo
Intenso, imenso de te provar.
É no teu beijo que molhado
De línguas sedentas, ousadas...
Me entrego ao sabor dos teus dedos
Vagueando na pele que anseia,
Louca, insana nas vontades.
É nos teus lábios,
Juntos dos meus,
Que profiro palavras de entrega,
De certeza de te querer,
De corpo, como de alma me entregar.
É no teu beijo que grito em surdina,
Sou tua, já não me pertenço...

27.Ago.13