terça-feira, 17 de setembro de 2013

E o rio...


Há dias em que as horas teimam em manterem-se inertes e imóveis, em minutos lentos e demasiado imutáveis acabando por controlar e esvaziar a mente de pensamentos.
Horas em que nada anda, nada funciona, tudo estagna, nada avança, tudo dorme o sono da espera sem desesperar.
Excepto o rio que avança indiferente ao lento girar deste aparentemente fervilhante Mundo de pessoas que não vivem.
E eu olho essas águas que correm mais ou menos lentas, que por vezes enchem o curso do seu leito ou as desnudam criando pequenas escarpas de pedras amontoadas nas suas margens.
E eu olho esse passar sem parar e sem me deter em outro pensar que não seja o de ver a noite chegar e o dia acabar e de voltar ao lugar a que chamo lar, de nos teus braços me aconchegar e no teu peito poder deixar apenas de sobreviver, mas descansar e voltar, de novo, a respirar...
23.Jul.13

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Verdade

Não há maior vontade
Que o querer-me perdida,
Por entre o gosto dos teus beijos,
Por entre o sabor da tua língua.
Não há maior desejo
Que o querer-me a pele arrepiada
Por entre os dedos das tuas mãos
Deslizando e redescobrindo-me a cada novo recanto .
Não há maior devaneio
Que o querer-me entregar sem freio
No teu corpo que me toma,
Agarra,
Aperta,
Penetra,
Controla...
Não há maior felicidade
Que o quereres-me amar
Com todo o teu ser,
Corpo, alma e sangue
E ser esta a nossa única e mais certa,
Verdade.

18.Jul.13