terça-feira, 26 de março de 2013

Perder-me

Perder-me.

Perder-me de mim,
Sair da mente que pensa demasiado.
Sentir.

Sentir apenas com a pele
Que se arrepia ao libertar-se das vestes.
Enebriar-me.
Enebriar-me nos odores que te identificam,
Que são apenas teus.
Deliciar-me.
Deliciar-me com o sabor dos teus lábios
Que se abrem num beijo,
No gosto da tua pele
Salgada depois de amada.
Excitar-me.
Excitar-me sob o controlo das tuas mãos
Deslizando no meu corpo,
Abrindo caminhos,
Invadindo-me a carne.
Entregar-me.
Pertencer-te.
Dar-me.
Receber-te.
Adormecer-me.
Adormecer-me no teu abraço
Por entre os lençóis onde nos amamos.

22.Mar.13

Frio


O frio mantém-se em mim de uma forma mais que permanente: cresce, aumenta, não cessa de avolumar, de me dominar, de de mim se apoderar.
Um frio que nem as flores conseguem dissipar, que nem o sol é capaz de evitar deste se agigantar.
Um frio que é saudade, ausência, falta.
Falta do teu gargalhar, do teu abraço ao deitar, do calor do teu corpo que faz adormecer num sono descansado, sem medos e sem o constante e sobressaltado acordar...
Faltas-me mais do que podes imaginar.

21.Mar.13