quarta-feira, 20 de junho de 2012

Tuas mãos


Nas tuas mãos há linhas que são futuro,
Que são marca do passado,
Do que foi e do que sonho.
Mãos que me protegem,
Que são meu porto seguro,
Nos abraços que preciso,
Que me confortam no teu peito,
Que sinto forte e vivo.
Mãos que me chamam
Que alimentam corpo e alma,
Que me seduzem a pele,
Arrepiam,
E da letargia me acordam.
Deslizam,
Apertam,
Invadem e devoram
Cada poro,
Cada recanto,
Cada caminho que agora traçam,
Novo ou antigo,
Descoberto ou já percorrido.
Nessas tuas mãos me entrego,
Por completo, sem medo.




2012/06/16

E o corpo

E o corpo vibra,
Delira,
Sente,
Quente,
Doce loucura,
Demente ternura,
Ritmos compassados,
Nos quereres que trocamos.
Corpos que se unem,
Fundem,
Homogéneos no sentir,
Do desejos mais secretos,
Nos mais ínfimos pecados
Em que a pele nos faz cair,
Em que os lábios se fazem deslizar,
Na procura de um intenso entregar,
A nós, ao nosso prazer.
 
2012/06/16