terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Hoje viajo ao som de...


You've touched these tired eyes of mine
And mapped my face line by line
And some how growing old feels fine
I listen close for I'm not smart
You wrap your thoughts and works of art
And there hanging on the walls of my heart.

I may not have the softest touch
I may not say the words as such
And though I may not look like much
I'm yours.

And though my edge is maybe rough
I never feel I'm quite enough
And it may not seem like very much
But I'm yours.

You healed these scars over time
And braced my soul, you loved my mind
Your the only angel in my life
The day the news came, my best friend died
My knees went weak, and you saw me cry
Say I'm still the soldier in your eyes.

I may not have the softest touch
I may not say the words as such
And though I may not look like much
I'm yours.

And though my edge is maybe rough
I never feel I'm quite enough
And it may not seem like very much
But I'm yours.

I may not have the softest touch
I may not say the words as such
And though I don't fit in that much
But I'm yours.


Recordações...


"Recordar é viver", dizem alguns.
Recordar é morrer. É viver no passado do que foi, do que poderia ter sido.
Recordar é martírio, é dor, é vontade de voltar atrás, vontade de fazer diferente.
E é sentimento que não nos abandona. É um sentir que não nos deixa avançar, seguir e voltar a viver.
É ficar preso em situações boas ou más, não importa... Importa sim, as maus ficam mais tempo que as boas.
Os que nos magoam marcam-nos de forma intensa, imensa como a dor que provocam, como a angústia de ter falhado, de não ter sido suficientemente boa para poder contornar, suficientemente hábil para poder criar uma solução. Algo que, num passe de mágica fizesse tudo fluir sem medos, receios, entraves.
E é isso que magoa: a falha. E quantas vezes se falha, com medo de falhar?
Mas eu, eu não te quero recordar. Não quero que sejas uma lembrança arquivada na minha memória.
Guardado num dos patamares mais ou menos superficiais dos momentos que constituem a minha existência, que fazem parte dos meus dias, que são parte de mim.
E só recordo o que tens de bom. Como me envolves nos sussurros ao ouvido. Como me acalma o teu abraço. Como me seduz o teu sorriso. Como me encanta o teu olhar.
O meu recordar-te é suave como a chuva de Verão na pele. É aroma como a brisa do mar salgado. É o sabor do teu beijo, sendento e molhado. O meu recordar-te é o meu alento.
Claro que sei! Não passaram de meros momentos, não precisas dizer-me. Mas ficaram cravados em mim e ainda hoje os sinto. Tão presentes. Tão tu ao meu lado.
Não! Eu não te quero recordar. Quero viver-te. Hoje como ontem.

28/02/2012