terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ao vento...

Sinto-te perto,
Assim, quase tocável,
Quase palpável.
Sinto-te aqui,
Junto a mim,
Sopro no ouvido,
Cheiro de jasmim.
Pela brisa que pelos cabelos me desliza,
Sou tua por segundos,
Nessa mão quente e doce que me acarinha.
Pelas folhas que tombam,
Em doces desmaios lentos,
Trazidas pelos mais fortes ventos,
Chegam as tuas palavras.
Palavras que juntas e unidas,
São sonhos por sonhar,
São vontade em acreditar.
Sao um mais querer,
São um mais saber,
Que me continuas a esperar,
Que continuas a me sentir
E por ti, todos os dias, ao vento perguntar...

28/11/2011

domingo, 27 de novembro de 2011

Vem para perto...

Vem para perto
Deste meu corpo inerte,
Vazio e deserto,
... De nada e de morte.
Vem devolver-me a vida,
Revigorar-me o alento,
Trazer de volta o pensamento,
O querer e o sentimento.
Vem encher-me de novo fulgor,
De nova vontade de viver,
De correr e de fazer amor.
Vem dar-me a provar
Novos paladares perdidos
Em mil novos sabores.
Vem até mim,
Encher-me de ti,
De tanto do teu ser unido ao meu querer.
Grito teu nome de forma surda,
Sem força para o largar no vento,
Para que possas ouvir-me,
Vir para perto e dar-me alento.
Novo rumo na vida sem rumo,
Novos caminhos sem quaisquer trilhos,
Novos horizontes onde guardarei as conquistas.
Grito teu nome,
Através dos meus olhos,
De esperança e de acreditar,
Que um dia tu vais chegar.
Ouve o meu grito,
Vem! Vem para perto...

27/11/2011

sábado, 26 de novembro de 2011

De mim inundado...

Sim quero-Te.
A meu lado. Aqui. Agora.
O teu perfume no ar,
O teu abraço no meu corpo.
A tua boca na minha.
O teu beijo...
O sabor do teu beijo,
O sabor do desejo,
De um querer desmedido,
Incomparável.
Sim quero-Te.
O teu sussurrar no ouvido,
A vontade nas tuas mãos,
Percorrendo-me o rosto,
Desenhando-me os lábios,
Os contornos do corpo,
Sentindo meu calor e desejo molhado.
Sim quero-te.
Quero-te em mim perdido,
Em louco desvario,
Insano e pedido, consentido.
Sim quero-te.
Quero-te o corpo no meu colado,
Suado, de mim alagado,
De prazer sem fim inundado...

Acorda-me...



Sou nada mais que um corpo,
Inerte, largado ao vazio do vento.
Toca-me. Sente-me.
Sou pouco mais que uma Alma,
Despida, sem rumo, perdida
Na estrada da vida.
Toca-me. Sente-me.
O vibrante e quente líquido
Já não corre em mim,
Já não é rio sem fim.
Adormeceu.
Tal como eu.
Já não é vida,
Já não é sentimento,
Já não é riso, nem sol, nem vento...
Toca-me. Sente-me.
Sacode-me. Acorda-me.
Alimenta-me.
Arrebata-me. Ama-me...
Dá-me vida.