sábado, 26 de novembro de 2011

De mim inundado...

Sim quero-Te.
A meu lado. Aqui. Agora.
O teu perfume no ar,
O teu abraço no meu corpo.
A tua boca na minha.
O teu beijo...
O sabor do teu beijo,
O sabor do desejo,
De um querer desmedido,
Incomparável.
Sim quero-Te.
O teu sussurrar no ouvido,
A vontade nas tuas mãos,
Percorrendo-me o rosto,
Desenhando-me os lábios,
Os contornos do corpo,
Sentindo meu calor e desejo molhado.
Sim quero-te.
Quero-te em mim perdido,
Em louco desvario,
Insano e pedido, consentido.
Sim quero-te.
Quero-te o corpo no meu colado,
Suado, de mim alagado,
De prazer sem fim inundado...

Acorda-me...



Sou nada mais que um corpo,
Inerte, largado ao vazio do vento.
Toca-me. Sente-me.
Sou pouco mais que uma Alma,
Despida, sem rumo, perdida
Na estrada da vida.
Toca-me. Sente-me.
O vibrante e quente líquido
Já não corre em mim,
Já não é rio sem fim.
Adormeceu.
Tal como eu.
Já não é vida,
Já não é sentimento,
Já não é riso, nem sol, nem vento...
Toca-me. Sente-me.
Sacode-me. Acorda-me.
Alimenta-me.
Arrebata-me. Ama-me...
Dá-me vida.