sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Nó na garganta...

Tenho um nó na garganta. Daqueles nós que nos sufocam, que nos impedem de respirar, falar e viver.
Sim! Um nó na garganta. Não laço, não fácil de desfazer. Mas daqueles como nas meadas de lã, que se emaranham em milhões de fios, que sendo apenas um, se multiplicam em milhões.
E o meu nó na garganta é desses, assim: um fio multiplicado em milhões.
E cresce. Todos os dias cresce-me o nó.
Aqui! Na garganta. Que impede que diga, que fale, que deixe sair...
E entrar. Entrar novo ar, entrar nova vida, respirar!
E cresce. Porque cada dia ha mais fios a aumentar.
Há mais dúvidas a crescer. Mais perguntas. Mais silêncio. Mais vontade de gritar!
Estou tolhida, encolhida, "invivida"...
Suspensa neste nó. Suspensa neste grito surdo.
Surdo porque não ouves. Não queres ouvir.
E assim sendo, sufoco no meu grito surdo feito nó na garganta...

03/11/2011

Sussurra-me...

Fala-me ao coração,
Ao sonho, a ilusão,
Ao querer e a razão!
Fala-me ao ouvido,
Sussurra-me, baixinho...
Fala-me ao toque,
Ao sentir no corpo,
Ao sentir-te forte,
Desejo e vontade!
Fala-me aos sonhos,
De princesas e castelos,
De conquista sem medos,
De amores eternos!
Fala-me de prazer,
De ser tua deusa, teu querer,
De ser tua dona, sem saber,
De ser tua escrava, por apenas te saber!
Fala-me! Diz-me do teu ser,
Da tua vontade, teu viver!
Fala-me ao corpo ou a alma,
Ao que mais te der vontade.
Eu ouço, eu sinto,
Eu faço e desfaço,
Mas fala-me...

02/11/2011