quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Perdida II

Perdida nestes dias sem fim,
Sem início e sem ti...
Perdida entre palavras
Que o vento levou e que não
Voltam mais.
Palavras que trocamos em
Momentos de várias e variáveis
Intensidades.
Perdida entre a chuva que teima
Em cair dos meus olhos.
Que não me deixa ver o que fui,
O que sou e muito menos o que serei...
Perdida neste desespero do teu silêncio.
Silêncio da tua ausência.
Perdida de mim e de ti e de nós.
Perdida no que não tivemos,
No que gostaria que tivessemos
E não teremos...
Pois descobriste que não sou o que queres...
Perdida nestes dias sem fim...

18/07/2011

Nada...

Hoje sou nada...
Nada de especial, Nada que me faça diferente...
Nada que pretendas conhecer e muito menos desejar...
Hoje sou nada...
Nada de sentimentos, nada de vontades.
Nada de partilhas ou desejos.
Hoje sou apenas eu.
Eu e nada mais.
Hoje não tenho máscaras,
Vestidos esvoaçantes,
Ou um corpo nu.
Hoje não te farei sonhar comigo.
Hoje nada serei que não eu.
E no entanto, sou tanto!!!
Sou tudo o que hoje serei,
E o nada que hoje te neguei...

18/07/2011

Desejo-te...

Desejo-te.
Quero-te. Perto de mim.
Sentir o cheiro do teu corpo,
O calor das tuas mãos,
O molhado da tua boca...
Sim. Desejo. Desejo-te.
Porque me fazes querer-te.
Porque me fazes sentir vontade.
Vontade de ti.
De ser seduzida, beijada, tocada...
As tuas mãos no meu corpo
Deslizam e ves-me dessa forma.
Com formas e pele arrepiada,
Vês-me suave e delicadamente.
Até que te sussurro ao ouvido: Desejo-te!
E tudo muda, o frenezim aumenta,
As tuas mãos são guiadas pelas minhas...
Sinto-te e quero-te...
Sim. Desejo.

18/07/2011

Onde estou

Sabes onde estou...
Em cada olhar de criança,
Pois vês em mim todos esses sonhos.
Sonhos inocentes de quem acredita...
Sabes onde estou...
Em cada fragância da Primavera,
Pois sentes em mim todos esses cheiros.
Cheiros que nos enchem de recordações...
Sabes onde estou...
Em cada palavra de cada livro que lês,
Pois tens em mim todos os poemas que lemos.
Poemas e prosas e sonhos e desilusões.
Sabes onde estou...
Na chuva de Inverno, forte e fria,
Que leva tudo num rodopio sem perdão.
Na cascata em que te banhas,
Água morna e afável de Verão.
Sabes onde estou.
Basta que feches os olhos
E vivas... Porque eu, Eu vivo em ti.
E sei onde estou...

18/07/2011