Há pessoas que nos deixam de coração nas mãos. O nosso e o delas...
Assim, largado, sem medo de o perder.
Deixam-no apertado, a sufocar, como se sem ar e ali, preso nas nossas mãos, a lutar...
À espera que sejam salvos de uma dor imensa, intensa que não tem explicação. Que nem se consegue explicar por palavras proferidas, ouvidas ou lidas nos olhos, nas linhas do rosto, na boca que não se abre, que as palavras engole.
À espera de que, assim, largados nas nossas mãos, o possamos entender por elas. Como se assim, sentíssemos por elas.
Como se fosse possível viver os sentidos dos outros, ou então, curá-los. E como se cura um coração?
E assim, ficamos de coração nas mãos. O nosso e o delas...
31/01/2012