terça-feira, 22 de março de 2022

No odor da tua pele

 



No odor que a tua pele emana
Ficar ébria e cingir os sentidos
Apenas às sensações.

Perder a noção e o pensamento
Deixar que o corpo sinta e
Permitir-se ser tua.

Na boca esse sabor que é teu
Viciando-me o gosto
Deixando-me faminta por mais.

Ser eu sendo tua,
Descobrindo o prazer em cada poro,
O desejo a cada beijo,
O arrepiar a cada toque,
O estremecer de cada orgasmo.


Cat.
04.02.2022

segunda-feira, 21 de março de 2022

Sabes quando...



Sabes quando
A boca
Se lembra
Dos beijos lânguidos
E os lábios se entreabrem?

Sabes quando
A pele
Revive
O toque das tuas mãos
E logo se arrepia?

Sabes quando
O corpo
Recorda
O passar da tua língua
E o sexo humidifica?

Sabes?

Sabes o que é
Desejo,
Louco,
Insano
Em tudo fica em alerta?

Sabes o que é
Querer(te)
Tanto,
Que nada mais
Importa?

Sabes quando
Só (te) quero pertencer
E, num orgasmo,
(Por ti)
Quase morrer e renascer?

Sabes?


Cat.
2021.11.29

Invadir-me o paladar

Olho-te e
Mergulho nesses teus
Olhos cor de
Mar.
Hipnose perfeita,
Já só sinto o teu
Odor,
Já só desejo que
Me faças ajoelhar,
Que guies a minha cabeça para
Junto do teu
Másculo sexo.
Pronto.
Erecto.
E eu,
Gulosa,
Entreabro os lábios
E, olhando-te nos olhos,
Brinco com a língua,
Provocando-te,
Atiçando-te.
Luxúria ou
Simples desejo,
És meu,
Pertences-me
E eu comando.
Ritmo crescente,
Vontade premente,
E o gemido antecipa,
O desejado momento,
De ter, de sentir,
O teu prazer imenso,
A encher-me a boca,
A invadir-me o paladar.



Cat.
06.11.2021

domingo, 20 de março de 2022

Adeus (à) Vida XLIV




O sangue quente,
Percorre-me a carne,
Freneticamente,
Que quase queima, arde
E na pele se reflecte.
Há vida em mim,
Mas apenas no corpo:
A Alma, jaz morta,
Enterrada e fria,
Vazia de sentires,
De tristeza ou alegria,
Tolhida pela dor,
Pelo sal das lágrimas corrompida.

Jaz morta.
Enterrada e fria.


Cat.
2021.09.22