2021.05.16
domingo, 13 de março de 2022
Coisas minhas... Provavelmente sem sentido
2021.05.16
Sem palavras
Ando sem palavras... Logo eu, a quem (quase) nunca faltaram.
Ando sem palavras...
Estou numa fase que não compreendo. "Numa fase", seja isso lá o que for. Sei que, apesar de me sentir bem, de estar bem, grata e feliz, não me surgem palavras. "Feliz"... Sim. Não. Nem um meio termo é.
Ando sem palavras, é o que é.
Palavras difíceis de encontrar para expressar o que me vai na mente, o que guardo na memória e o que sinto no coração.
O coração, esse maldito que sente sem pedir autorização.
A mente, essa incessante pensadora de tanta coisa que não interessa.
A memória, essa ingrata que me faz recordar quem já não tenho comigo.
A memória, como uma cómoda cheia de gavetas, quase sempre fechadas. Algumas, a malvada, deixa-as semi-abertas, prontas a escancarar o que uma data, um cheiro ou um sabor despoletam.
Tenho, apesar do momento bom que passo, gavetas abertas, carregadas de recordações que me trazem saudade e dor e lágrimas fugindo dos olhos.
São gavetas que jamais se fecharão, eu sei... Não há chave que as encerre definitivamente e se atira ao mar para não haver possibilidade de as reabrir. São gavetas cheias. Transbordantes.
Se eu as quero fechar para sempre? Não!
Eu quero poder olhar para dentro delas e a Alma não se dilacerar. Olhar para tudo o que lá está e não sangrar de dor.
Há ausências que jamais se esquecerão, mas queria não sentir a ausência, a dor ao olhar a gaveta. Queria sentir o amor, os risos, os abraços, os passeios, os beijos e os momentos vividos.
Entre o final de Abril e o início de Maio, tenho duas gavetas que sempre se abrirão... E, infelizmente, sinto que muitas lágrimas ainda cairão.
É por isso que ando sem palavras... O que os olhos não vêem, o coração não sente, dizem. Mas é mentira.
Cat.
2021.05.01
sábado, 12 de março de 2022
Mais negros
Cat.
2021.04.16
Palavras na ponta dos dedos
Por vezes gostava de ter as palavras todas, na ponta dos dedos, para descrever o que sinto. E não tenho. Jamais terei.
Há palavras que nunca existirão, pois nunca serão as exactas para determinado sentimento.
E eu, eu tenho muitos sentimentos.
Sou uma imensidão. Talvez tão grande e, de certeza, tão profunda quanto o mar.
Sim, sou igual ao mar: na tempestade e na calmaria, no salgado das lágrimas, no que dá e no que recebe... E damos tanto e recebemos tanto. Tanto de bom, como de lixo que só nos faz atrasar nas experiências e no verdadeiro viver.
Mas como o mar, há que aprender a renovar-me a dada maré.
Há que fazer o que dita o coração e a minha natureza, a minha essência e à noite, sob a luz da lua e a proteção das estrelas, dormir um sono profundo e descansado. De Alma limpa e consciência tranquila.
É, por vezes gostava de ter as palavras todas na ponta dos dedos...
Hoje é um desses dias.
Cat.
2021-04.11