A
noite ainda reina, se bem que apenas por mais uns minutos. As estrelas
já não se mostram no céu, envergonhadas pela luz de um sol que começa,
por detrás da colina, a brilhar.
Na roseira, as pétalas já gastas ganham um novo tom, mais vivo, mais forte, à custa das gotas do orvalho.
Os pássaros ainda não cantam, mantêm-se resguardado, suspensos nos ramos das árvores, à espera que a vida (re)comece.
Assim como eu.
Aqui, dentro destas quatro paredes; dentro desta carne, confinada.
Presa. Ao ritmo das horas e do correr dos dias, das obrigações e compromissos que me dominam a vida.
Presa. Ao respirar e ao correr do sangue, cadenciados, quase imperceptíveis, quase incontroláveis.
Presa, em ambos os sentidos, metafórica e literalmente.
Apenas livre por poder vaguear até onde o corpo puder.
Apenas livre nos momentos em que a mente, se ainda tiver força, se ainda tiver esperança, ainda quiser acreditar...
Aqui dentro a noite ainda se faz sentir, mesmo sem o habitual sonhar, mesmo sem o necessário dormir.
Na roseira, as pétalas já gastas ganham um novo tom, mais vivo, mais forte, à custa das gotas do orvalho.
Os pássaros ainda não cantam, mantêm-se resguardado, suspensos nos ramos das árvores, à espera que a vida (re)comece.
Assim como eu.
Aqui, dentro destas quatro paredes; dentro desta carne, confinada.
Presa. Ao ritmo das horas e do correr dos dias, das obrigações e compromissos que me dominam a vida.
Presa. Ao respirar e ao correr do sangue, cadenciados, quase imperceptíveis, quase incontroláveis.
Presa, em ambos os sentidos, metafórica e literalmente.
Apenas livre por poder vaguear até onde o corpo puder.
Apenas livre nos momentos em que a mente, se ainda tiver força, se ainda tiver esperança, ainda quiser acreditar...
Aqui dentro a noite ainda se faz sentir, mesmo sem o habitual sonhar, mesmo sem o necessário dormir.
2017.08.16