Chegou a hora de a tarde ceder lugar ao anoitecer. De permitir que a lua e as estrelas cheguem, de mansinho, com o orvalho a acompanhar.
A luz diminui doce e suavemente como o sol de fim de Verão que me toca a pele. Despida. Nua.
Desprovida de protecção. Pronta para o aceitar. Preparada para o deixar passar pela janela até me alcançar. Ansiosa por o absorver.
A minha companhia.
E assim aqui, no local que nos identifica, nos lençóis com o teu, meu, nosso cheiro, espero por ti.
E agora, que o teu perfume me inebria, o pensar vagueia. A pele arrepia e o desejo, desenfreado e sem rédeas, volta à vida.
E agora, que o teu perfume me inebria, o pensar vagueia. A pele arrepia e o desejo, desenfreado e sem rédeas, volta à vida.
Quanto te anseio sentir. Os beijos na boca. A língua no corpo. O teu sexo humedecido pelo tesão de me sentir, por ti, possuída. De me entregar, a ti, de forma insana, intensa, profunda e destemida.
Por isso, faz como o anoitecer: não demores para te fazeres sentir...