Há momentos
Em que a pele ainda recorda
Os arrepios de um deslizar de dedos,
De um toque que a vontade denuncia.
E a boca é onde o seu sabor perdura,
Guardado no recanto da memória,
Como uma iguaria,
Impossível de copiar, única.
O corpo, esse, oscila,
Ondula ao sabor dos dedos
Que invadem os recantos,
Outrora secretos e
Por ele,
Pela sua língua,
Descobertos.
Há momentos em que as saudades
Suplantam a memória
E ela,
Ela sente-o
Como se estivesse
Ali,
Presente,
Dentro dela.
31.Julho.14