quarta-feira, 4 de junho de 2014

Hoje viajo ao som de...


 
 
Skye - Not Broken
 
 
Porque podemos sempre renascer... 
 

 
 
 
Oh no no oh no
Not broken
In two not you

Like the seed you grow
Under it all
You're roots take hold

Smooth out the creases
Then you'll see

And when you fall
Down in between them all
Here you are whole
Not broken

On and on hold on
Not broken
Just loose at the seams

Oh no no don't let go
Just listen
Goodness increases
You will see

And when you fall
Down in between them all
Here you are whole
Not broken

Leave it behind
All of the pain inside
Here you will be
Not broken

Through the crowd, patchwork souls
Move closer
Closer

And when you fall
Down in between them all
Here you are whole
Not broken

Leave it behind
All of the pain inside
Here you will be
Not broken

You will see
You will see

Por mim lutar



Sabes?
Por vezes sinto-me a navegar contra a maré, contra um imenso e invencível mar.
Um mar que não se revolta, que se cala, que não se expressa com ondas que nos agitam as bases, que nos fazem temê-lo e respeitá-lo. Demasiado sereno, demasiado fechado para consigo próprio, demasiado introspectivo e, no entanto, assustador.
Sim, assustador. Como se nada o importunasse, o abalasse, o fizesse reagir.
Como se fosse fácil, demasiado fácil, largar tudo e avançar, mudar de rumo, de vida, de correr no mesmo sentido.
Como se nada importasse.
Como se os dias já partilhados, de felicidade e de sorrisos, valessem nada. Um redondo e vazio nada.
E eu, a lutar contra a inércia desse falar. Contra o deixar passar que remói, que fica preso na garganta e mata, a cada minuto, a cada hora, devagar. Que impede de mostrar o sentimento que vive, tão vivo dentro de mim e de ti. Que fecha os sorrisos nos lábios, que tranca os carinhos em punhos cerrados, que prende os abraços atrás das costas e as palavras de carinho dentro do peito.
E eu, a tentar avançar em frente, a levar-me a aproximar-me, a querer unir-nos.
Sabes?
Por vezes gostava de saber deixar estar, correr e que fosse a tua mão a me procurar, a me tocar e, a por mim lutar.
 
 
02.Junho.2014

XXII Verdade Irrefutável



Porque é na tua boca que desejo aprender o verdadeiro significado de palavras sussurradas.
Porque é nos teus lábios que quero descobrir a que sabem os beijos.
Porque é na tua língua que desejo aprender o que é saborear.
Porque é nas tuas mãos que quero descobrir a força e a delicadeza de (te) amar.
Porque é na tua pele que desejo aprender o verdadeiro sentido do toque.
Porque é no bater do teu coração que quero descobrir o som das emoções.
Porque é na tua alma que desejo prender, fundir a minha.
Porque é no teu corpo que quero descobrir o que é viver.

E,

Porque é no teu abraço, que quando a hora chegar, eu desejo morrer.
 
 
02.Junho.2014

Quando me calar



Hoje o rio avança ao contrário, enche-se de si mesmo e deixa-se acaríciar pelo vento que se se esplana por ele adentro num ritmo que não se define, dançado a dois compassos.
Os passos de quem passa contrariam essa corrente, vagueiam sem destino concreto e sem pressa, sem essa premente vontade de chegar e só o sol de um Verão que tarda lhes dá, aos rostos impávidos e serenos, alguma vida, alguma alma.
Cá dentro, o vento não se sente, o sol não aquece e o rio não mostra a força que tem.
Mas algo me invade. O som do bater deste coração que sente, que deseja e que vive. Um som que me impede de parar, que me hipnotiza o pensar nessas batidas (des)compassadas ao sabor das emoções que são parte de mim.
Por vezes apetece parar, desistir e deixar de me obrigar a ouvir o soar da vida que me pesa nos ombros, que me sobressalta os sonhos, que me faz andar em revés. Deixar que páre de bater, que páre de sentir, que se encolha, pequenino e não se distenda e o sentir que diminiu com ele, quase desaparecido.
Mas há o amor. Esse sentir que nos arrebata, que nos faz olhar a vida e lutar, muitas vezes, numa guerra à partida, perdida. E insistimos. E resistimos. E tantas, muitas vezes conseguimos um amor fortalecido, empenhado e decidido em avançar num futuro de compromisso, de vida partilhada.
E é este amor que me preenche, que desejo e que almejo, com altos e baixos e ajustes a ambos os lados.
Sei que não sei calar quando mais precisas. Sei que não sei falar da forma mais meiga. Sei que rebato os assuntos quase à exaustão. Sei... Sei que não sou perfeita e longe disso fico.
Mas sei que te amo, desta forma que é a minha, intensa e estouvada.
Porque te amo por completo.
Porque me completas.
Porque sei que ao teu lado cresço.
Porque quero que resultemos.
Porque acredito.
Porque quando me calar, nesse momento, nada mais há a salvar. Deixou de haver acreditar.



02.Junho.2014