Sabes?
Por vezes sinto-me a navegar contra a maré, contra um imenso e invencível mar.
Um mar que não se revolta, que se cala, que não se expressa com ondas que nos agitam as bases, que nos fazem temê-lo e respeitá-lo. Demasiado sereno, demasiado fechado para consigo próprio, demasiado introspectivo e, no entanto, assustador.
Sim, assustador. Como se nada o importunasse, o abalasse, o fizesse reagir.
Como se fosse fácil, demasiado fácil, largar tudo e avançar, mudar de rumo, de vida, de correr no mesmo sentido.
Como se nada importasse.
Como se os dias já partilhados, de felicidade e de sorrisos, valessem nada. Um redondo e vazio nada.
E eu, a lutar contra a inércia desse falar. Contra o deixar passar que remói, que fica preso na garganta e mata, a cada minuto, a cada hora, devagar. Que impede de mostrar o sentimento que vive, tão vivo dentro de mim e de ti. Que fecha os sorrisos nos lábios, que tranca os carinhos em punhos cerrados, que prende os abraços atrás das costas e as palavras de carinho dentro do peito.
E eu, a tentar avançar em frente, a levar-me a aproximar-me, a querer unir-nos.
Sabes?
Por vezes gostava de saber deixar estar, correr e que fosse a tua mão a me procurar, a me tocar e, a por mim lutar.
Por vezes sinto-me a navegar contra a maré, contra um imenso e invencível mar.
Um mar que não se revolta, que se cala, que não se expressa com ondas que nos agitam as bases, que nos fazem temê-lo e respeitá-lo. Demasiado sereno, demasiado fechado para consigo próprio, demasiado introspectivo e, no entanto, assustador.
Sim, assustador. Como se nada o importunasse, o abalasse, o fizesse reagir.
Como se fosse fácil, demasiado fácil, largar tudo e avançar, mudar de rumo, de vida, de correr no mesmo sentido.
Como se nada importasse.
Como se os dias já partilhados, de felicidade e de sorrisos, valessem nada. Um redondo e vazio nada.
E eu, a lutar contra a inércia desse falar. Contra o deixar passar que remói, que fica preso na garganta e mata, a cada minuto, a cada hora, devagar. Que impede de mostrar o sentimento que vive, tão vivo dentro de mim e de ti. Que fecha os sorrisos nos lábios, que tranca os carinhos em punhos cerrados, que prende os abraços atrás das costas e as palavras de carinho dentro do peito.
E eu, a tentar avançar em frente, a levar-me a aproximar-me, a querer unir-nos.
Sabes?
Por vezes gostava de saber deixar estar, correr e que fosse a tua mão a me procurar, a me tocar e, a por mim lutar.
02.Junho.2014