sexta-feira, 23 de maio de 2014

Há um arrepio

 
Há um arrepio
Que me descontrola,
Me desconcerta o pensar
E me desperta o querer.

Há um arrepio
Que me faz o corpo estremecer,
Me deixa sem saber
Onde estou, o que fazer.

Há um arrepio
Que me invade,
Me enche de uma vontade
De querer apenas sentir a carne.

Há um arrepio na pele,
Quando a tua boca me beija,
Quando os teus braços me abraçam,
Quando os teus dedos me percorrem o corpo,
Despindo-o,
Apertando-o,
Fazendo-me tua.

Há um arrepio na pele,
Quando por ti sou amada,
Que me preenche toda,
Completa,
Até à Alma.
 
 
22.Maio.2014

Vontade

 
Vontade
Do roçar dos teus lábios
Na pele que se arrepia,
Da tua língua a deslizar,
Molhando-me,
Dos teus dedos a acompanhar,
Entrando e saíndo
No centro do prazer,
Fazendo-me gemer,
Fazendo-me contorcer,
Fazendo-me gozar.
 
 
22.Maio.2014

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Mulher que sou



Sei que não foi por esta
Mulher
Que te apaixonaste.

Sei que fiquei como
Mulher
Áquem das expectativas criadas
Em momentos de louca paixão.

Sei que sou um fracasso de
Mulher
Igualmente insegura,
Inconstante,
Imatura,
Como (muitas) outras.

Sei que não correspondo à
Mulher
Dos teus sonhos,
Mas a vida é feita todos os dias,
De situações imperfeitas,
Incontroláveis.

Sei que não sou a perfeita
Mulher
Que desejas,
Que há imperfeição em cada pedaço de mim,
Em cada palavra que digo,
Em cada frase contida.

Sei que sou uma
Mulher
Que se esforça por ti,
Pelo sentimento que nasce aqui,
No peito,
Cá dentro.

Sei que sou mera
Mulher
Mas que te ama
E te espera,
Que te aceita com defeitos e virtudes,
Todas as que te fazem.

Sei que sou apenas
Mulher
E que sonha e sofre,
E que luta e se desdobra,
E compreende (por vezes) o impensável,
E acredita,
Que o amor tudo vence.

Sei que sou
Mulher
A precisar de um abraço,
De uma palavra,
Da firme certeza do teu amar,
Não quando sou perfeita,
Mas quando mais frágil,
Quando mais insegura,
Quando mais imperfeita,
Aos teus olhos estou.
 
 
21.Maio.2014

Gritar

Gritar,
Soltar este sufoco
Agarrado,
Preso,
Contraído no peito.

Gritar,
O sentir que aqui anda,
Que me desgasta,
Que me mata.

Gritar,
Que a dor vem de dentro,
E que o amor não se esgota!
 
 
21.Maio.2014