É no meio de mim
Que o tempo se detém,
Como que aprisionado,
Como se perdido,
Encontrasse ninguém.
É no meio de mim
Que o sentir vai crescendo
Sob a égide do sonho,
Em que a memória é rainha
E o sabor se rende
Ao molhado do teu beijo.
É no meio de mim
Que o meu peito vai sentindo
Todo o frenesim do arrepio
Do teu toque divino,
Deixando-me rendida
Ao saber do teu tomar
E o meu corpo vai-se abrindo,
Todo o meu querer te entregando,
Sem rodeios, sem temer
Que me tomes a teu,
Tão único,
Belo prazer!
É no meio de mim
Que o corpo agora vazio,
Sem roupas,
Apenas de ti vestido,
Se deixa ao abandono,
Prostrado, no leito deitado,
Quente,
Molhado e suave,
No rescaldo do rodopio
Das voltas de te ter amado,
Que me sinto mais viva,
Mais sedenta, esfomeada,
No teu gosto viciada.
É no meio de mim,
Do meu peito acelerado,
Que te guardo assim,
Belo, perfeito,
Loucamente amado!
Que o tempo se detém,
Como que aprisionado,
Como se perdido,
Encontrasse ninguém.
É no meio de mim
Que o sentir vai crescendo
Sob a égide do sonho,
Em que a memória é rainha
E o sabor se rende
Ao molhado do teu beijo.
É no meio de mim
Que o meu peito vai sentindo
Todo o frenesim do arrepio
Do teu toque divino,
Deixando-me rendida
Ao saber do teu tomar
E o meu corpo vai-se abrindo,
Todo o meu querer te entregando,
Sem rodeios, sem temer
Que me tomes a teu,
Tão único,
Belo prazer!
É no meio de mim
Que o corpo agora vazio,
Sem roupas,
Apenas de ti vestido,
Se deixa ao abandono,
Prostrado, no leito deitado,
Quente,
Molhado e suave,
No rescaldo do rodopio
Das voltas de te ter amado,
Que me sinto mais viva,
Mais sedenta, esfomeada,
No teu gosto viciada.
É no meio de mim,
Do meu peito acelerado,
Que te guardo assim,
Belo, perfeito,
Loucamente amado!
03.Abr.2014