segunda-feira, 21 de outubro de 2013

XVII Verdade Irrefutável



 Não há melhor sensação que a do teu apaixonante desejo a arrepiar-me a pele.

13.Out.13

Desilusão


A noite vive o seu momento de glória: a lua brilha sobre a névoa da madrugada, brincando às escondidas com as sombras desenhadas na calçada.
O cheiro que inunda a brisa é de orvalho e a erva molhada e o silêncio é quebrado pelo cair de uma ou outra gota que escorrem por entre as folhas das árvores ou por algum transeunte perdido no tempo que passa em passos idênticos ao passar do tempo: demasiado depressa.
Aqui, o silêncio é quem comanda, enchendo cada recanto deste quarto. E o corpo, confinado a este leito onde repouso, respira com custo, com o peso desse sentimento.
Esta noite é o silêncio que me acompanha, que me oprime e carrega o peito.
O silêncio de me confrontar com o que sou, com o que mostro e aparento.
O silêncio de perceber que são demasiadas as imperfeições.
Mas sobretudo, esse terrível silêncio que acompanha o receio da (tua) desilusão.
 
11.Out.13

Nostalgia

Há no cair da noite
Uma nostalgia
Que me prende o corpo,
Que me faz pensar
No som do teu abraço,
No sabor do teu beijar.

Há no aparecer das estrelas,
Um simples desejar
Nos teus braços cair,
No teu corpo descansar.

Há no domínio da lua,
Uma vontade a crescer,
Um sentir que tenho de acalmar,
Uma saudade que tem de acabar,
Uma palavra que tem de se soltar,
Num constante te dizer:
Meu amor, apenas vivo
Se for para te amar...


11.Out.13

Desejo insano


Desejo insano este
De te querer o sabor
Dos lábios doces, prementes
Junto ao meus,
Sedentos,
Ansiosos por entrelaçar
As línguas em sedutores
Movimentos.
Vontade louca
De na pele sentir
Os teus dedos a deslizar,
Fazendo-me arrepiar,
Excitando-me os sentidos,
Aumentando-me o querer.
Insanidade esta
De me abrir e te receber,
De me entregar e me perder
Nesse imenso teu me ter,
Me saber e perceber
Como me enlouquecer
De tanto prazer...


29.Set.13