segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Nostalgia

Há no cair da noite
Uma nostalgia
Que me prende o corpo,
Que me faz pensar
No som do teu abraço,
No sabor do teu beijar.

Há no aparecer das estrelas,
Um simples desejar
Nos teus braços cair,
No teu corpo descansar.

Há no domínio da lua,
Uma vontade a crescer,
Um sentir que tenho de acalmar,
Uma saudade que tem de acabar,
Uma palavra que tem de se soltar,
Num constante te dizer:
Meu amor, apenas vivo
Se for para te amar...


11.Out.13

Desejo insano


Desejo insano este
De te querer o sabor
Dos lábios doces, prementes
Junto ao meus,
Sedentos,
Ansiosos por entrelaçar
As línguas em sedutores
Movimentos.
Vontade louca
De na pele sentir
Os teus dedos a deslizar,
Fazendo-me arrepiar,
Excitando-me os sentidos,
Aumentando-me o querer.
Insanidade esta
De me abrir e te receber,
De me entregar e me perder
Nesse imenso teu me ter,
Me saber e perceber
Como me enlouquecer
De tanto prazer...


29.Set.13

domingo, 29 de setembro de 2013

Quero


Quero o teu olhar,
Deslizando doce e interrogativo
De quem sabe o que perguntar,
De quem sabe o que é permitido. 

Quero o teu respirar,
Soprando-me ao ouvido
Palavras que são desejos,
Plenas de vontade,
À espera de um motivo.

Quero o teu beijar,
Línguas que se tocam,
Beijos que se trocam,
Prenúncio do desejo de amar.

Quero o teu toque,
No meu corpo,
Prendendo-me ao teu,
Num abraço que quero só meu.

Quero a tua pele
Molhando-se com a minha,
Num ritmo alucinado
De dois corpos transpirados,
Por fazeres da tua carne a minha,
Por me fazeres apenas tua,
Nesse louco tomar,
Provar e saborear,
O meu corpo entregue ao teu,
O teu dentro do meu,
E de mim me perder
Em tão intensa e imensa,
Louca e única,
Sensação de prazer.
 
27.Set.13

Presa



Presa
Nesta corrente
De gente incerta
Que pela vida passa.

Presa
Ao sabor dos conceitos
Definidos e impostos
Sem que alguma,
Uma pergunta seja feita.

Presa
Aos olhares de quem condena,
De quem julga
Sem saber o que aqui,
Cá dentro,
Impera.

Presa
Neste corpo
Que não me chega,
Que é ínfimo para
Esta alma que não é pequena.

Presa,
Condenada a não ser
Eu mesma,
A desistir do meu sentir,
Do meu ser e do meu sorrir.

Presa
Por não corresponder
Ao aceite e ao vulgar,
Ao já visto e imposto.
Presa,
Por não ser,
A todos os outros,
Igual.
 
27.Set.13