sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Já não me pertenço



É no teu beijo que perco as forças
E deixo de lutar contra o desejo
Intenso, imenso de te provar.
É no teu beijo que molhado
De línguas sedentas, ousadas...
Me entrego ao sabor dos teus dedos
Vagueando na pele que anseia,
Louca, insana nas vontades.
É nos teus lábios,
Juntos dos meus,
Que profiro palavras de entrega,
De certeza de te querer,
De corpo, como de alma me entregar.
É no teu beijo que grito em surdina,
Sou tua, já não me pertenço...

27.Ago.13

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Por vezes

 
 
Por vezes pergunto-me por que existem os sonhos, para quê, com que finalidade.
Por vezes sinto-os reais, concretizáveis, perfeitamente plausíveis e concretamente possíveis.
E o sonho cresce em mim. Plantado com um pensamento, adubado com a esperança, alimentado com o crer.
Por vezes questiono-me porque penso. Questiono-me porque creio e acredito. Questiono-me porque tenho esperança.
Por vezes preferia não ter, não ser, não sentir. 

Apenas (sobre)viver.
Viver no silêncio de não me iludir, de não sentir e desejar.
Viver no passar de horas indiferente aos minutos mais ou menos longos.
Viver na realidade certa e rotineira do passar dos dias em nada diferente, em nada mais ou menos colorido que o anterior.
Confortável e segura na minha jornada diária.
Apenas (sobre)viver sem o medo e a tristeza da desilusão, do fracasso e da saudade ou solidão.
 
31.Jul.13

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Único e perfeito









Somos pele,
Somos carne,
Somos sangue que corre
Vibrante do cerne do corpo.
Somos beijos trocados
Em línguas entrelaçadas,
Por entre lábios molhados,
Por entre palavras balbuciadas,
Falando dos desejos que nos contraem o ventre,
Sentindo os dedos fervilhando
Em toques imensos,
Intensos,
Internos, por entre as pernas
E escorrendo,
Suados após amados.
Somos um coração acelerado,
Por entre olhares que sussurram
Palavras de entrega e de amor,
Que se acalma e no teu peito descansa,
Rendida que estou ao calor e aconchego
Do teu único e perfeito
Abraço.

29.Jul.13

terça-feira, 17 de setembro de 2013

E o rio...


Há dias em que as horas teimam em manterem-se inertes e imóveis, em minutos lentos e demasiado imutáveis acabando por controlar e esvaziar a mente de pensamentos.
Horas em que nada anda, nada funciona, tudo estagna, nada avança, tudo dorme o sono da espera sem desesperar.
Excepto o rio que avança indiferente ao lento girar deste aparentemente fervilhante Mundo de pessoas que não vivem.
E eu olho essas águas que correm mais ou menos lentas, que por vezes enchem o curso do seu leito ou as desnudam criando pequenas escarpas de pedras amontoadas nas suas margens.
E eu olho esse passar sem parar e sem me deter em outro pensar que não seja o de ver a noite chegar e o dia acabar e de voltar ao lugar a que chamo lar, de nos teus braços me aconchegar e no teu peito poder deixar apenas de sobreviver, mas descansar e voltar, de novo, a respirar...
23.Jul.13