segunda-feira, 1 de julho de 2013
Devaneio
Devaneio,
Loucura insana
De desejo premente
Que se sente na pele,
Quente,
Ardente
De vontade de um beijo
Que se prolongue,
Intenso,
Voluptuoso,
Pelo corpo todo,
Que por mim entre,
Pelo meio das minhas pernas,
Que me marque por dentro,
Que se afunde,
Forte,
Profundo,
E que apenas termine
Quando de mim jorrar
O prazer
Viciante,
Enlouquecido,
De te pertencer.
21.Jun.13
domingo, 30 de junho de 2013
Aguardo
A noite caminha segura no seu avançar em direcção ao seu destino, de dar lugar ao dia que vai chegando lentamente com a sua doce e suave luz.
Há um burburinho que anuncia o acordar e os seus sons fazem-se sentir de forma quase imperceptível nas ruas de uma cidade que nunca pára.
Há um burburinho que anuncia o acordar e os seus sons fazem-se sentir de forma quase imperceptível nas ruas de uma cidade que nunca pára.
Mas quem domina esta madrugada de Verão é o vento. Um vento que se sente forte e que traz no seu correr por entre as folhas e ramos de árvores palavras que ultrapassam as paredes do meu quarto e se fazem sentir demasiado pesadas em mim, neste corpo que se queda inerte apesar de desperto e incapaz de deter esse mergulho no abismo de um viver sem viver pois falam de adeus e de solidão numa cama partilhada apenas com a ausência. Com o vazio da tua não presença.
Palavras que me sufocam o peito e me apertam a alma num louco frenesim que só eu ouço, que só para mim falam.
E eu aguardo que o vento acalme e substitua o fustigar da minha alma por um doce afago de pele, que me permita respirar de novo ao meu ritmo, que me permita ousar levantar e enfrentar o caminho do meu viver.
28.Jun.13
Invadir-te
Afeiçoar-me às paredes do teu corpo.
Memorizá-las com a palma da minha mão.
Decorar-te as texturas das horas de vida espelhadas na fachada do teu rosto.
Abrir a porta de entrada num sorriso sem guardas e sem reservas.
Sentir-te a textura aveludada e quente com que forras a tua alma transbordante de uma luz que me fascina.
Perfumar-te o quarto onde guardas o coração com o odor viciante do sorriso de uma felicidade constante.
Preencher-te os recantos vazios com telas por nós pintadas, em eternos momentos de recordação.
Deitar-me em ti e em ti descansar, protegida no calor que de ti emana.
Invadir-te e habitar-te.
Como me invadiste e me habitas. A cada beijo que em mim depositas, em cada abraço que me dedicas.
Memorizá-las com a palma da minha mão.
Decorar-te as texturas das horas de vida espelhadas na fachada do teu rosto.
Abrir a porta de entrada num sorriso sem guardas e sem reservas.
Sentir-te a textura aveludada e quente com que forras a tua alma transbordante de uma luz que me fascina.
Perfumar-te o quarto onde guardas o coração com o odor viciante do sorriso de uma felicidade constante.
Preencher-te os recantos vazios com telas por nós pintadas, em eternos momentos de recordação.
Deitar-me em ti e em ti descansar, protegida no calor que de ti emana.
Invadir-te e habitar-te.
Como me invadiste e me habitas. A cada beijo que em mim depositas, em cada abraço que me dedicas.
21.Jun.13
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Dicionário de Coisas Simples XV
E a ausência?
A ausência é o tempo
Em que as memórias
São recordadas na pele,
Na ponta dos dedos
E nestes meus lábios que beijaste.
E a falta?
A falta é um respirar
Que não se sente,
Que me invade do teu nada
E me deixa quase sem vida.
E o não ter?
O não ter são mãos carregadas de um vazio
De dedos que não se entrelaçam
Em abraços que fazem suor
Na pele dos nossos corpos.
A ausência é o tempo
Em que as memórias
São recordadas na pele,
Na ponta dos dedos
E nestes meus lábios que beijaste.
E a falta?
A falta é um respirar
Que não se sente,
Que me invade do teu nada
E me deixa quase sem vida.
E o não ter?
O não ter são mãos carregadas de um vazio
De dedos que não se entrelaçam
Em abraços que fazem suor
Na pele dos nossos corpos.
21.Jun.13
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