A manhã vai passando no seu passo ritmado de horas habituadas a esse compasso.
Por mim passam sem pressa alguma, tornando-se demasiado lentas e fazendo-se acompanhar de uma estranha solidão.
Uma solidão carregada de vazio. Poderia ser de tristeza, melancolia, saudades.
Não. Apenas solidão vazia. Cheia de si própria.
Enchendo-me de si.
Invadindo o meu espaço, amarfanhando-me o espírito perante a sua força dissimulada e impossível de ignorar. Ocupando cada lugar do meu corpo com todo o seu peso etéreo e no entanto, quase palpável.
Uma solidão que se impõe e entranha e me vicia.
De viver os dias por apenas se respirar, por apenas o coração bater e fazer correr o sangue da vida nas veias.
E a cada dia a força do rio é menor e o seu brilho mais negro e vazio de vida, as flores deixam de ter os odores que exaltam os sentidos, o vento deixa de me acarinhar o corpo e a paisagem de roupas nas varandas já são quase cor de cinza.
Tudo definha ao sabor do meu tempo comandado por esse estranho, absurdo e irracional sentimento.
Por mim passam sem pressa alguma, tornando-se demasiado lentas e fazendo-se acompanhar de uma estranha solidão.
Uma solidão carregada de vazio. Poderia ser de tristeza, melancolia, saudades.
Não. Apenas solidão vazia. Cheia de si própria.
Enchendo-me de si.
Invadindo o meu espaço, amarfanhando-me o espírito perante a sua força dissimulada e impossível de ignorar. Ocupando cada lugar do meu corpo com todo o seu peso etéreo e no entanto, quase palpável.
Uma solidão que se impõe e entranha e me vicia.
De viver os dias por apenas se respirar, por apenas o coração bater e fazer correr o sangue da vida nas veias.
E a cada dia a força do rio é menor e o seu brilho mais negro e vazio de vida, as flores deixam de ter os odores que exaltam os sentidos, o vento deixa de me acarinhar o corpo e a paisagem de roupas nas varandas já são quase cor de cinza.
Tudo definha ao sabor do meu tempo comandado por esse estranho, absurdo e irracional sentimento.
14.Jun.13