sexta-feira, 10 de maio de 2013

Insinuantes e subtis


Olhares insinuantes
Sobre as vestes a admirar,
Silhueta de um corpo
Feito dessas formas a que não resistes,
E que anseias por tocar,
Despir, amar e abraçar.

Sons subtis
Inundam-me o ouvir,
Sussurrantes palavras
Libertas no ar
Que me inspiram o sentir,
Que me fazem em ti acreditar.

Toques subtis
Inundam-me a pele
Sob o lema do desejo,
Sob o tema do amor,
Sob a forma de uma língua,
Quente,
Húmida,
Deslize ondulante.

Cansaço insinuante
Em corpos salgados,
Molhados,
Devorados por beijos
Feitos entrega e posse,
De pudor despojados,
Largados num leito
Onde juntos,
Adormecemos.


9.Mai.13

XIV Verdade Irrefutável



Há beijos que me enchem a Alma. Mas os teus fazem-me transbordar de felicidade.

9.Mai.13

Dicionário de Coisas Simples XI

E a sede?
A sede é a vontade
De te sentir o prazer,
Nascente improvável de um mel
Único e inimitável,
No meus lábios a escorrer.

E a fome?
A fome é a minha língua
No teu beijo a enrolar,
Na tua pele a molhar,
E no teu sabor a me perder e deliciar.

E o provar?
O provar é o meu corpo
Que se abre,
Que se deixa tomar sem guardas,
Sem fronteiras,
Para te sentir em mim,
Na pele e na carne
A invadir, a penetrar.

8.Mai.13

Caminhos


Caminhos que percorro
Neste seguir em frente
Sem receio do que se mostra,
Depara depois da curva
Dessa longa e incerta estrada.
Caminhos áridos de facilidades,
Repletos de uma eterna complexidade
Que não me abranda o seguir,
Que não me acalma a Alma.
Caminhos que se cruzam
Em vidas partilhadas
Por momentos mais ou menos longos,
Caminhos paralelos em alguns momentos,
Dispersos na infinidade de passos que damos,
Numa estrada infinda de possibilidades.
Caminhos de decisões e de esperas,
Caminhos que são a tua e a minha vida,
Transformados em momentos
Guardados na memória desta caminhada.
 
 
7.Mai.13