E o entardecer vai tomando o seu lugar nas horas de infindáveis e lentos minutos e o compasso de passos ritmados apressam-se nas ruas agitadas de quem não tem mais para onde ir senão para casa.
As cores do céu escurecem e desvanecem-se em anéis de nuvens branco escuras, tristes que quase choram e o vento brinca com elas, fazendo-as competir entre si em corridas velozes num circuito criado de idas e voltas que baralham a nossa percepção.
As folha, cá em baixo, aplaudem frenéticas juntas com os ramos das árvores que ondulam sobre si mesmos alheios a quem passa por eles e ao cansaço que se apodera dos corpos.
Alheios ao calmo corropio dos passos acabados de entrar em casa.
Alheios ao calmo corropio dos passos acabados de entrar em casa.
E eu, apaziguo os pensamentos libertando-os na corrente de um corpo deixado ao abandono de um perfeito e revigorante descanso em que permito que a noite de mim se apodere...
12.Abr.13