quarta-feira, 20 de março de 2013

XII Verdade Irrefutável


... O meu amor tem urgências controladas pelo ritmo de um abraço, do entrançar dos corpos, do entregar a minha boca na tua.


11.Mar.13

Palavras Silêncio

Há silêncios carregados de palavras.
Palavras que nos enchem o coração de sentimentos que nos alentam os dias.
Silêncios que falam mais do que os sons proferidos por lábios que entre-abertos deixam escapar palavras insentidas.
Há palavras ditas em silêncio que falam e mostram mais que as ouvidas.
Palavras silenciosas como o teu sorriso quando me vês.
Como o teu olhar quando esbarra no meu.
Como o deslizar da tua mão no meu rosto.
Palavras que mesmo não ditas são transmitidas pelos dedos da tua mão. Pelo bater acelerado do teu coração. Pelo teu sopro respirado no meu ouvido. Pelo abraço com que acolhes o meu corpo.
Há silêncios que traduzem palavras nos seus gestos.


11.Mar.13

Saudade


Saudade que me invade
Como um mar que se desfaz
Na areia que o absorve.
Que me domina
Sob a forma de angústia,
Sob o poder de um não saber
Pensar e acreditar.
Saudade que me esvazia
Como o vento de Outono
Às árvores de folhas douradas
Despindo-as desde a alma,
Tornando-as quase sem vida.
Que me faz abandonar o corpo
No leito onde fomos dois,
Nas roupas da cama cheias de ti,
Do teu sabor,
Do teu odor,
Do teu e meu prazer,
De corpos abraçados,
De beijos doces e molhados.
Saudade com que me deixas
A cada partida tua...

11.Mar.13

terça-feira, 19 de março de 2013

Acordar


A tarde vai-se deixando levar no abraço de um fim de dia em que o céu, envergonhado, se esconde e não mostra o seu azul celeste.
O vento é companhia das núvens que esvoaçam sob o seu comando e vão levando e espalhando as suas gotas de água sobre as ruas vazias de gentes e de cheias de carros vazios de calor humano.
A noite é agora senhora dos minutos que se tornarão horas passadas num leito de cama onde os lençóis serão substitutos do calor do teu corpo ausente. E o meu arderá num desejo latente, propfundo e intenso de te querer sentir o toque da pele na minha, do teu respirar junto do meu ouvido, de um roçar de dedos nas ombros, nas costas me façam arrepiar e sentir.
Sentir que vivo, que tenho vontades e quereres, que tenho um corpo que não morreu e que apenas tu sabes despertar.
E sentir-me amada. Mas sobretudo amar. Um amar de corpo e alma que se apodera de mim por inteiro.
E anseio que a manhã chegue o mais depressa possível para que possa sentir-te acordar-me de novo, e uma vez mais, para a vida!


9.Mar.13