... Só nos teus braços o mundo faz sentido.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Marcada
O toque de um dedo,
Um suave sussurro,
E tudo se agita,
E tudo se aviva
Na memória da pele,
Na vontade de ter,
Na vontade de me sentir viva.
O corpo pede
Esse teu cheiro de corpo,
De pele que me toca,
De língua que me molha
E me deixa humidamente
Carregada dessa vontade.
O corpo pede
Que o apertes
Em entre os lábios,
Entre os dentes devagar,
Os dedos nos seios
Enchendo-te as mãos,
Percorrendo-me de arrepios,
Deixando-me a delirar.
O corpo pede
Que o tomes sem medo,
Que o sintas inteiro,
Que o invadas e o proves,
Com os lábios da tua boca
Molhados dos meus,
Que voltas a beijar
Misturando-nos os sabores.
Um suave sussurro,
E tudo se agita,
E tudo se aviva
Na memória da pele,
Na vontade de ter,
Na vontade de me sentir viva.
O corpo pede
Esse teu cheiro de corpo,
De pele que me toca,
De língua que me molha
E me deixa humidamente
Carregada dessa vontade.
O corpo pede
Que o apertes
Em entre os lábios,
Entre os dentes devagar,
Os dedos nos seios
Enchendo-te as mãos,
Percorrendo-me de arrepios,
Deixando-me a delirar.
O corpo pede
Que o tomes sem medo,
Que o sintas inteiro,
Que o invadas e o proves,
Com os lábios da tua boca
Molhados dos meus,
Que voltas a beijar
Misturando-nos os sabores.
O corpo entrega-se
À loucura dos teus movimentos,
Das tuas entradas no meio das minhas pernas,
Abertas,
Sedentas,
Recebendo-te as estocadas,
Delirando e vibrando,
Contraindo-se sem controlo,
No intenso momento de te sentir
E de por ti,
Deixar-me encher,
Molhar,
E te receber,
E assim ficar,
Do teu licor, marcada...
À loucura dos teus movimentos,
Das tuas entradas no meio das minhas pernas,
Abertas,
Sedentas,
Recebendo-te as estocadas,
Delirando e vibrando,
Contraindo-se sem controlo,
No intenso momento de te sentir
E de por ti,
Deixar-me encher,
Molhar,
E te receber,
E assim ficar,
Do teu licor, marcada...
20/10/2012
O teu rio
O tempo corre escorrido no reflexo de um rio que não corre e que no entanto não se detém. Segue seguro do seu caminho que insiste em nunca se desviar, em nunca saltar das margens e correr solto, livre invadindo ruas e travessas e deixando o seu rasto dessas águas sedentas de novos trilhos.
Mas não.
Segue sem medo de ser igual em todos os dias que este antecederam e os que amanhã se seguirão.
É o espelho das cores quentes e de Outono em que as folhas molhadas seguem pelo ar no vento que se sente e que cheira ao mar, esse que o espera com vontade de o beijar e agarrar num abraçar contínuo de um desejo sem fim.
E a cidade, mesmo que perdida e sem a luz do fim de dia arrefecido do calor do sol já para lá da ténue linha do horizonte, assiste a esta entrega total e completa.
Num sussurro que apenas os amantes conseguem ouvir.
Num gritar silêncioso que não precisa mais do que esse se deixar guiar e levar nessa calmaria premente.
E tu ouves-me o grito preso na garganta querendo soltar-se neste mágico dialecto de surdina absoluta que apenas o teu olhar consegue decifrar e em mim fazer criar novas palavras jamais sentidas.
Sim, eu sou o teu rio que suave se quer dar e por ti, meu mar, ser recebida em intenso turbilhão de quereres e de amar.
19/10/2012
Sem ti...
A noite invade o ar do outro lado da janela sem quase se diferenciar da hora que já foi dia e as lágrimas sem sal mandam e ditam o percurso da água nas ruas.
Salpicos que surgem dos passos que correm apressados, alagados por essa chuva de Inverno, densa e pesada, constante e suturna.
O corpo cansado já seco e agora morno aguarda que o silêncio seja completo e se torne dos seus olhos, o dono.
Não há vontades em mim num dia carregado de perguntas que não tinham fim e que sem resposta se mantêm.
Sim, queria saber de ti, de como estás, por onde andas mas não há vontade desse lado de comigo te partilhares.
Salpicos que surgem dos passos que correm apressados, alagados por essa chuva de Inverno, densa e pesada, constante e suturna.
O corpo cansado já seco e agora morno aguarda que o silêncio seja completo e se torne dos seus olhos, o dono.
Não há vontades em mim num dia carregado de perguntas que não tinham fim e que sem resposta se mantêm.
Sim, queria saber de ti, de como estás, por onde andas mas não há vontade desse lado de comigo te partilhares.
O colo que te dava tornou-se pequeno, insuficiente, demasiado apertado para o tanto que sentes.
Hoje, não sou como a chuva: imensa e constante, dona deusa da rua.
Hoje sou nada, vazia sem te sentir, sem contigo no peito adormecer, sem por ti ser compreendida e te entender, de te receber e por ti me despir...
Hoje sou nada, vazia sem te sentir, sem contigo no peito adormecer, sem por ti ser compreendida e te entender, de te receber e por ti me despir...
18/10/2012
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