O sonho feito palavra
Que se entende num sorriso
Que sente num abraço
Que se alenta sem saber que é preciso
Nunca sonhar demais
Por ser um perigo
Perder-te do meu aconchego,
Ausentares-te do meu peito,
Faltar-me o teu sossego.
E não sonho nem falo
Por medo do incerto
Que é sentir o adeus
Insano sentimento
Que me gela como esse vento
Que se sente no Inverno
Que não tem forma de fazer
O sangue de novo correr,
Aqui, bem cá dentro,
Dentro do corpo que te pertence,
Onde fazes da tua vinda
Um hábito
Com o qual me alimento.
Não penso nem sonho
Nada para além do que tenho,
O teu corpo no meu ventre,
A tua boca no meu gosto,
O teu toque no meu dedo,
No meu perfume o teu odor,
E (re)viver-te assim,
A todo e qualquer momento.
Nada para além do que tenho,
O teu corpo no meu ventre,
A tua boca no meu gosto,
O teu toque no meu dedo,
No meu perfume o teu odor,
E (re)viver-te assim,
A todo e qualquer momento.
05/10/2012