sexta-feira, 3 de agosto de 2012
O que somos
Somos o que somos e nada mais que tudo isso.
Somos muito mais do que os olhos podem alcançar.
Somos alma, sentimento, dor e alegria.
Somos rugas de quem viveu, amou e sentiu.
Somos lágrimas de alegria no reencontro após a separação.
Somos riso de sabor a sal a brincar nas ondas do mar.
Somos corpo perfeitamente imperfeito carregado de tudo que cabe na alma, no peito.
Que importa a perfeição do rosto, o desenho carmim dos lábios se não sorriem quando falam?
Que importa o azul dos olhos se não se abrem de um brilho ofuscante quando chega o seu amor?
E que importam as mãos lisas perfeitas de unhas imaculadamente pérola se não sabem como tocar?
E que importam as palavras que não são ditas no burburinho que é amar?
Somos o que se vê e mais o que há a descobrir, partilhar. Sem medo, sem receio, num eterno receber e dar.
E tu? Quanto de ti cabe no teu olhar, sorrir e tocar?
26/07/2012
À deriva II
Tenho a sensação que remo num barco naufragado em águas paradas de ondas revoltas, agitadas por um vento que sopra quase demasiado imperceptível.
Um remar numa maré que, estagnada, me enche de ilusões onde os fantasmas do futuro são gigantes que não há forma de assustarem.
Um parado avançar em direcção ao destino desconhecido que enche a palavra amar.
Mas o destino afasta-se a cada trago de água, que não avança, deixando-me numa incerta segurança de me esperar no etéreo do eterno que jamais se alcança.
E eu preciso saber. Tenho de saber, com certezas absolutas se o meu destino coincide com o teu querer.
Se a lenta viagem que faço não e em vão...
E eu preciso saber. Tenho de saber, com certezas absolutas se o meu destino coincide com o teu querer.
Se a lenta viagem que faço não e em vão...
26/07/2012
A distância que nos separa
A distância que nos separa...
... É o tempo de um sonho tornado realidade num dia que há-de chegar devagar.
... É o tempo em dias rápidos e de horas que lentas se tornam enquanto o sonho sonhado não é tornado verdade. E que pára quando é recordado.
... É o momento da decisão incerta nas certezas concretas que se almejam que demora a ser tomada.
... É o espaço que separa o hoje do agora num desejo imediato, o ontem do amanhã na união que se quer partilhada.
... É a passagem de corpo real e alma etéra nessa louca, demente e desejada entrega ao desconhecido que é um doce abismo.
É imedível esta distância de te saber o sabor do querer e não te poder ter.
24/07/212
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