quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Só...

Hoje estou só,
No meu mundo,
Sem vento ou calor,
Sem rio ou sem mar.
Eu, apenas eu, no meu mundo.
Mundo de cor cinzento,
Sem sentido,
Sem fundo ou finito,
Só corpo sem alma.
Vazia.
Oca.
Sem pensar.
Sem sentir.
Sem ouvir o silencio das folhas
Que se soltam e voam,
Caindo leves no chão.
Como queria ser folha,
Desprender-me,
Ser livre,
Voar ao sabor do vento,
Sem rumo,
Leve e solta,
Cair a qualquer momento.
Flutuar sem medo do abismo,
Sem medo de avançar,
Dar passos seguros,
Sem medo do futuro,
Sem medo de falhar...

02/02/2012

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Tempo perdido...

Um abraço. Dado. Recebido.
Permitido. Desejado. A dois concebido.
Único. Sentido. Preenchido.
No peito embrulhado. Abafado. Escondido.
No tempo guardado. Recordado.
Pausado. Parado. Retido.
Agora incompleto. Imperfeito.
Rasgado. Quebrado.
Morto. Desfeito.
Memórias de um tempo.
Tempo perdido...

31/01/2012

Coração nas mãos...


Há pessoas que nos deixam de coração nas mãos. O nosso e o delas...
Assim, largado, sem medo de o perder.
Deixam-no apertado, a sufocar, como se sem ar e ali, preso nas nossas mãos, a lutar...
À espera que sejam salvos de uma dor imensa, intensa que não tem explicação. Que nem se consegue explicar por palavras proferidas, ouvidas ou lidas nos olhos, nas linhas do rosto, na boca que não se abre, que as palavras engole.
À espera de que, assim, largados nas nossas mãos, o possamos entender por elas. Como se assim, sentíssemos por elas.
Como se fosse possível viver os sentidos dos outros, ou então, curá-los. E como se cura um coração?
E assim, ficamos de coração nas mãos. O nosso e o delas...

31/01/2012

Hoje viajo ao som de...



Sábado à noite não sou tão só
Somente só
A sós contigo assim
E sei dos teus erros
Os meus e os teus
Os teus e os meus amores que não conheci

Parasse a vida
Um passo atrás
Quis-me capaz
Dos erros renascer em ti

E se inventado, o teu sorriso for
Fui inventor
Criei o paraíso assim

Algo me diz que há mais amor aqui
Lá fora só menti
Eu já fui de cool por aí
Somente só, só minto só
Hei-de te amar, ou então hei-de chorar por ti
Mesmo assim, quero ver te sorrir...
E se perder vou tentar esquecer-me de vez, conto até três
Se quiser ser feliz...

Se há tulipas
No teu jardim
Serei o chão e a água que da chuva cai
Para te fazer crescer em flor, tão viva a cor
Meu amor eu sou tudo aqui...

Sábado à noite não sou tão só
Somente só
A sós contigo assim
Não sou tão só, somente só...