segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Odeia-me!

Sinto-te em mim,
Perto, sempre presente,
De uma forma intensa, constante.
Sinto-te ca dentro,
Nas imagens do meu pensamento,
Nas palavras que largas ao vento,
Que julgo minhas a todo o momento.
Sinto-te assim, de forma constante,
Em cada ar que inspiro,
A cada bater do coracao, impaciente
Se demoras ou te mantens ausente...
Sinto-te mil, correndo demente
Procurando onde largar a semente
Desse teu ser, tao diferente.
Liberta-me de ti,
Deixa-me solta deste sentir viciante,
Deixa-me seguir caminho, confiante
Que ja não voltas, cá dentro, triunfante.
Segue a vida de máscaras,
Mas larga-me, solta-me,
Mesmo que vejas apenas de longe,
Vê em mim o que não sonhaste,
O que não sentiste,
O que desejaste e não tiveste!
Vê em mim tudo que nunca quiseste,
Um sonho de mar agora agreste,
Deixa-me! Solta-me! Liberta-me!
Por que esperas? Anda, odeia-me!

12/12/2011

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Vou sair à rua...

Vou sair à rua
Sentir o vento serpentear nos cabelos,
Sentir o frio entranhar-se em mim,
No rosto, na boca, no corpo.
Vou sair à rua
E deixar que a chuva que cai,
Me leve a suadade,
Me lave a alma,
Te leve e nunca mais me recorde.
Vou sair à rua
Deixar a cama que comigo partilhaste
Onde em mim te deixaste,
Onde fui feliz e tu fingiste.
Vou sair à rua,
Deixar que o frio e o vento e a chuva
Te apaguem de mim,
Te levem para longe,
Para um local sem fim.
Deixar que me controlem,
Que me congelem o sentir
Mas só depois do teu partir.
Vou sair à rua
Ver-me nova,
Ver-me sem mágoa,
Sem esta dor que não acaba.
Vou deixar de sentir,
Vou deixar de te querer aqui,
Vou mudar o rumo da história
Vou seguir e sentir a vitória...
Vou sair à rua
E deixar para trás
Esta vida sem cor, escura,
Que era minha e era tua...
Vou sair à rua...

09/12/2011

Musicado por: Jorge Alinho

Sente-me!

Sente-me.
Sou a brisa que te roça o rosto.
Sente-me.
Sou o cheiro de flores que te envolve.
Sente-me. Sou eu a teu lado.
Sou eu a beijar-te, doce e suavemente.
Sou eu a abraçar-te, delicada e brandamente.
Sente-me. Sou eu a sonhar-te.
Sou eu a tocar-te, a sentir-te,
A tomar-te o pulsar do teu viver.
Sente-me. Estou aí, perto, em ti.
Sente-me o desejo,
A vontade, o ímpeto de te querer,
Mais perto, Mais em mim,
Mais assim: abraçados, entregues um ao outro.
Sente-me o sentir que não pára de crescer,
Que não pára de me invadir,
De mim se apoderar,
De me controlar.
Sentimento que me prende,
Que me assola,
Que me desperta e descontrola!
Sente-me! Louca, insana,
Tomada deste sentimento,
Deste sentir que me impele,
Que me faz viva,
Que me faz querer ser pele,
E toque
E beijo
E desejo
E que peque...
Sente-me! Sente-me!

09/12/2011

Encher-me de ti...


Enche-me! Faz-me sentir!
Enche-me de ti,
Do teu mais querer.
Enche-me de amor,
De vontades insanas, loucas e profanas.
Enche-me de Ti!
Do teu sentimento,
Mostra-me as emoções
De um partilhar intenso.
Enche-me de ti,
Do sabor do teu sal na minha pele,
Do gosto do teu beijo no balançar de um abraço.
Do teu corpo no meu unido,
Num querer tão incontido,
Num rodopio de toques,
Numa troca de odores e sabores.
Olhar-te, sentir-te,
Encher-me de ti,
Tocar-te, Sorver-te,
Fantasias beber de ti,
De mundos a dois criados,
De calor de corpos suados,
Molhados, de amor amados,
Beijados, tomados, sentidos..
Vem encher-me de ti...

08/12/2011